Programa de Residência Pedagógica da UEPB promove diálogo sobre didática e sensibilidade no ensino de História

24 de setembro de 2018

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A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), como instituição habilitada junto ao Programa de Residência Pedagógica do Governo Federal, realizou um encontro sobre didática e sensibilidade no ensino da História, na última sexta-feira (21), no Auditório I da Central de Integração Acadêmica, no Câmpus de Bodocongó, em Campina Grande.

O encontro serviu para promover um diálogo entre os alunos de licenciatura da UEPB e os mestrandos em História da Universidade Federal de campina Grande (UFCG), Rafael Nóbrega de Araújo e Arthur Rodrigues de Lima, sobre as sensibilidades do ensino de História em sala de aula, o sistema educacional brasileiro e as variáveis que compõem o ensino e a aprendizagem na relação professor/aluno.

A professora de História da UEPB, Patrícia Cristina de Aragão, explicou a finalidade do projeto realizado juntamente com a UEPB. “Esse programa vem na perspectiva de preparar, formar os futuros professores de história na experiência de sala de aula, além das perspectivas do estágio, por exemplo, para que eles percebam como é a vivência em uma sala de aula”, frisou. O programa é desenvolvido através da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), como forma de ampliar e consolidar a relação entre universidade e escola, bem como aperfeiçoar a formação prática dos alunos de licenciatura.

O mestrando Rafael Nóbrega abordou as sensibilidades como relação metodológica no ensino de História, trazendo como exemplo os relatos de sobreviventes do holocausto da Segunda Guerra Mundial, para que possa ser utilizado como ferramenta de reflexão em sala de aula. “Trouxemos vídeos com depoimentos de sobreviventes das experiências traumáticas dos sujeitos históricos para que sejam problematizados em sala de aula e os alunos possam refletir e tentar imaginar como essas pessoas se sentiam naquela situação, para entendermos como é que isso pode servir de objeto para que a gente esteja em sala de aula fazendo com que nosso aluno se sinta sensibilizado com a narrativa histórica e que possa se sentir afetado a partir de seus sentidos com aquilo que os homens e mulheres experienciaram no processo histórico”, relatou.

Sobre a necessidade do professor trabalhar com diferentes visões em sala de aula, o mestrando Arthur Rodrigues de Lima tratou da didática e do ensino de História ponderando sobre a responsabilidade dos educadores nesse processo. “Paulo Freire, na década de 1960, falava que o objetivo do educador em sala de aula era formar no aluno a consciência crítica, onde a educação tem que partir da realidade dos alunos. Nós, professores, temos que ter o compromisso ético de trabalhar as diferentes visões”, disse.

Alguns questionamentos também foram debatidos no encontro, acerca do ensino da História nas escolas e o impacto disso na vida dos alunos. “Qual a função que temos, enquanto historiadores, de ensinar História? Nós ensinamos História para que tenhamos a construção de uma sociedade democrática onde as pessoas tenham acesso a cidadania democrática e tenham a capacidade de se colocar no mundo, de questionar as informações que elas recebem? Qual é a História que temos desenvolvido em sala de aula?”, indagou o mestrando Arthur Rodrigues.

Texto: Emanuelle Carvalho (Estagiária)
Fotos: Isabelly Garcia (Estagiária)

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