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Mesa redonda sobre Educação Básica aborda ciência, experiências e produção de conhecimento

A produção de conhecimento não está ligada apenas ao desenvolvimento de atividades que acontecem nos bancos das salas de aula, laboratórios e outros espaços do ambiente escolar. A vivência com aos diversos tipos de produção de ciência também são aplicadas na Escola Básica, por este espaço conter várias relações que são importantes para a aplicação da escalada educacional. Pensando nisso, o Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) realizou, na manhã desta sexta-feira (30), no Auditório I da Central de Integração Acadêmica, a mesa redonda “Reconhecimento da escola básica como local de produção do conhecimento”.

Organizado pela professora Carlina Albuquerque, a proposta da mesa foi debater com os alunos o conceito de Educação, trabalhando as experiências de docentes e discentes da escola básica com questões relacionadas ao cotidiano escolar. De acordo com Carolina, é preciso estreitar mais as relações entre a Universidade e as escolas da Educação Básica, para que esta última possa contribuir ainda mais no desenvolvimento da ciência nas escolas. “Queremos romper com essa hierarquia que coloca a Universidade como mais conhecimento do que as escolas da Educação Básica”, disse.

Integraram a mesa de debate as professoras Paula de Albuquerque, Rita de Cássia Rangel e Mirna Amaral. Ao longo das discussões foram abordados assuntos como relações de afetividade no desenvolvimento da educação, bem como preocupações pedagógicas e estruturais da escola. Professora Mirna apontou a mudança em alguns currículos como forma de adaptação às mudanças pedagógicas nas escolas, como a entrada de disciplinas que tratam sobre empreendedorismo, ética, inteligência emocional, entre outras.

Já a professora Rita de Cássia destacou a necessidade de investir na produção de conhecimento a partir das experiências na educação básica. “Infelizmente, ainda existe pouca produção científica na área da Pedagogia sobre a ciência na Escola Básica. É como se a Educação Básica fosse só a valorização do conhecimento empírico e a Universidade o científico. As pesquisas em Pedagogia ficam muito centradas em áreas da Psicologia e nas Ciências Sociais, por exemplo, enquanto o pedagogo em si não consegue fazer essa relação. Precisamos entender que o professor da Educação Básica também é um produtor de ciência”, argumentou a professora.

Texto e fotos: Givaldo Cavalcanti

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