1ª Jornada de Intercâmbios Culturais aborda aspectos do “Dia de muertos” e do “Dia de la Hispanidad”
A representação cultural dos povos do México e da Espanha foi abordada sob vários aspectos durante a relação da 1ª Jornada de Intercâmbios Culturais, promovida pelo Curso de Letras/Espanhol da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A abertura, na manhã desta quinta-feira (21), no Auditório I da Central de Integração Acadêmica, no Câmpus de Bodocongó, contou com a presença de muitos estudantes de graduação e pós-graduação para ampliar as discussões sobre o encontro de culturas envolvendo o “Dia de Muertos”, celebrado no México, e o “Dia de la Hispanidad”, lembrado nos países hispânicos da América.
Uma das coordenadoras do evento, professora Laís de Sousa Nóbrega, falou da importância de desenvolver essas atividades como forma de ampliação do conteúdo que é vivenciado em sala de aula, uma vez que é possível abordar temas com um alcance maior, em comparação com o tempo de sala de aula. “A nossa proposta é abordar assuntos que nós cumprimos na sala de aula, mas de uma forma mais dinâmica. Da mesma forma, tentamos instigar mais os alunos a interagir”, explicou.
Os mais de 150 participantes desta primeira edição do evento se envolveram em abordagens ativas sobre os assuntos centrais da jornada. O “Dia de Muertos” foi inicialmente explanado pela concluinte do Curso de Letras/Espanhol, Vanessa Marta Pires, que fez uma abordagem a partir dos contextos de cultura, representação, atração turística, economia e religião a respeito da data. De acordo com ela, essa comemoração cultural apresenta uma celebração distinta do Dia de Finados, celebrado no Brasil, pelo seu caráter festivo que cerca o envolvimento religioso dos mexicanos com o tema da morte.
Para ampliar as discussões, os professores Gustavo Castelon, do Curso de Letras do Câmpus de Monteiro, e o professor Secundino Vigón Astos, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), também apresentaram outros aspectos, tanto sobre o “Dia dos Muertos” como do “Dia da Hispanidad”. De acordo com professor Gustavo, as discussões que cercam o acontecimento histórico da chegada do homem espanhol na América também é alvo de debate sobre o que se refere como “descobrimento” e “conquista” da América. Ele ainda apontou que todos os países hispano-americanos celebram o “Dia da Hispanidad” de forma diferente, o que caracteriza uma relação particular de cada povo com sua cultura.
Já o professor Secundino, destacou a existência das vozes críticas acerca do “descobrimento” da América, por ser considerado um momento histórico de “uma etapa dura para a história da humanidade, uma vez que vários povos foram praticamente dizimados a partir da ação colonizadora”. Ainda foram realizadas apresentações culturais promovidas pelos alunos e professores do Curso de Letras/Espanhol, como dança e música, além de uma oficina de maquiagem denominada “La muerte personificada em México – Catrín y Catrina”.
As atividades contaram ainda com apresentação de banners, exibição do filme “Viva, a vida é uma festa”, além de oficinas culturais. No turno da noite será realizado um sarau poético, às 18h30. Em seguida, acontece a mesa redonda “El día de la Hispanidad: la conquista bajo el punto de vista de los conquistadores y de los indígenas a partir de la literatura”. Também serão realizadas apresentações culturais, como a exposição de pratos “La gastronomía de algunos de los países hispanohablantes”.
Texto e fotos: Givaldo Cavalcanti
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