Revista Educação Inclusiva chega a quarta edição e alcança conceito Qualis B4 em avaliação da Capes
Criada há pouco mais de um ano e meio, a Revista Educação Inclusiva (REIN) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) terá sua quarta edição lançada na semana que vem e, aliado a isso, um motivo de celebração a mais para seus colaboradores. Após avaliação das três edições anteriores (duas em 2017 e uma em 2018), realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o periódico semestral atingiu o conceito Qualis-Periódicos B4.
Qualis é o conjunto de procedimentos utilizados pela Capes para estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação, o que comprova a relevância das publicações da REIN. De acordo com o editor-gerente da revista, professor Eduardo Onofre, do Departamento de Educação da UEPB, a REIN é uma janela de publicações para pesquisas voltadas ao desenvolvimento na área da Educação Inclusiva, focalizando a formação de pesquisadores, mediante intercâmbio e divulgação de estudos realizados por educadores vinculados a instituições brasileiras ou estrangeiras.
Rapidamente, a publicação também conseguiu sua indexação na plataforma do Sistema Regional de Información en Línea para Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal (Latindex), ampliando o alcance de suas pesquisas. “Chegamos a esta quarta edição com pesquisas desenvolvidas no Brasil e também no exterior. Normalmente, trabalhamos com nove artigos por edição, sendo oito deles de investigação e um relato de experiência. Para uma revista nova já ter alcançado o conceito Qualis B4, é de grande importância para nós. Nossa expectativa é continuar o trabalho para que nas próximas avaliações consigamos alcançar o conceito A”, destacou o professor Eduardo Onofre.
Sobre esta próxima edição, que passa a ser de responsabilidade da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PRPGP) da UEPB, os temas abordados vão desde uma pesquisa realizada em Moçambique, na África, que abordou os desafios de alunos surdos em escolas locais, até a abordagem de gênero nos livros didáticos de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental na Paraíba. A amplitude desses assuntos foi destacada pelo editor como ponto forte para troca de experiências e, sobretudo, inspiração para superação de dificuldades frente às questões relacionadas à educação inclusiva.
“Essa revista conta com pesquisadores do Brasil, Portugal, Chile, Itália, França e Moçambique, que abordam temas importantes para todos os lugares do mundo. A edução inclusiva é um desafio mundial e, claro, não só as dificuldades, mas sobretudo as experiências de êxito têm que ser compartilhadas para que possamos aplicá-las no nosso convívio. Com o lançamento dessa quarta edição, já começamos a trabalhar na próxima, que deverá ser publicada no mês de novembro”, acrescentou Eduardo. Para ter acesso a todas as edições da REIN, clique no link: http://revista.uepb.edu.br/index.php/REIN.
Artigos em livro de universidade do México
O trabalho voltado à Educação Inclusiva desenvolvido pelo professor Eduardo Onofre se estende por outras publicações. Lançado pela Universidad Autonoma de San Luis Potosí, do México, o livro “Aspectos contemporâneos de Antropometria”, organizado pela professora da instituição mexicana, Claudia Ramirez Martinez, conta, entre seus sete artigos, com dois trabalhos do professor Eduardo. O primeiro com o título “O processo de inclusão de uma aluna cega: caminhos da educação no Brasil”, foi publicado em parceria com Jucilene Braz Costa e Paulo Vidal Guanabara de Azevedo; e o segundo, “O ensino de Geografia e o uso de recursos táteis para estudantes com deficiência visual em escolas de Campina Grande”, foi desenvolvido em conjunto com Naum Filipe Nicácio Alves e Sônia Maria de Lira.
A obra conta ainda com pesquisadores de vários países da América Latina que desenvolveram estudos relacionados à edução voltada às pessoas com deficiência. O livro foi impresso pela Universidad Autonoma de San Luis Potosí e conta com os artigos publicados em Português, Espanhol e Inglês. Segundo professor Eduardo Onofre, esta foi uma grande oportunidade para as pesquisas que estão sendo feitas na Paraíba ganharem divulgação em outros países. Ele afirmou que os dois artigos contam com grandes avanços nos estudos da área.
“No primeiro artigo trabalhamos o desenvolvimento de uma aluna cega, que praticamente não tinha autonomia dentro da escola. Além de um acompanhamento pedagógico, com a impressão do livro didático em braile, nós a inserimos em todas as atividades escolares, o que proporcionou uma transformação na vida dela. Já no segundo artigo, foram desenvolvidas maquetes que auxiliam o estudo de Geografia para pessoas cegas, com o uso de recursos táteis”, explicou o professor.
Texto e foto: Givaldo Cavalcanti
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