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Biblioteca Setorial Escritor Severino Peryllo Doliveira

Criada para suprir as necessidades intelectuais dos estudantes do Centro de Ciências, Tecnologia e Saúde a  Biblioteca Setorial possui uma estrutura que tem evoluído juntamente com a Universidade Estadual da Paraíba, na busca por atender cada dia melhor os seus usuários.

O horário de funcionamento é de segunda a quinta-feira, das 7h30 às 20h00, e na sexta-feira das 7h30 às 16h00 ininterruptamente. Proporcionando aos usuários um ambiente climatizado com amplo espaço para estudo em grupo ou individual.

Biografia

O poeta do modernismo na Paraíba, Severino Peryllo Doliveira, nasceu na antiga povoação de Cacimba de Dentro, município de Araruna, a 4 de dezembro de 1898. Era filho de Almeno Peryllo de Oliveira e Josefa Maria de Oliveira. Mulato, órfão de pai aos três anos de idade. Morreu solteiro. Nunca frequentou escolas. Aprendeu as primeiras letras, enquanto trabalhava como caixeiro duma mercearia, sozinho e sem nenhuma orientação, o que não o impediu de transformar-se, mais tarde, no grande jornalista, poeta e literato. Iniciou a vida como ator, carreira que seguiu por mera casualidade. Encontrava-se em Araruna uma Companhia de Variedades, um pequeno circo, administrado pela atriz italiana Irene Concepitini; Peryllo sentindo-se atraído pela atriz, integrou-se ao grupo e seguiu à caravana, Brasil afora. Apresentou-se como ator, nesta companhia, em quase todos os Estados do Brasil, tornando-se famoso e requisitado por outras produtoras.

Entre 1913 e 1917 Peryllo Doliveira trabalhou em várias companhias artísticas pelos palcos do Nordeste.

Em 1917, estreou no Teatro São José, no Rio de Janeiro, onde foi trabalhar na Companhia de Brandão Sobrinho. Em 1920, fez uma turnê pelo interior do Brasil desde o Norte de Minas até o Rio Grande do Norte.

Na sua vida sofrida de ator, Peryllo Doliveira trabalhou nos teatros Trianon e República, do Rio de Janeiro, ao lado de artistas como Amalia Capitani, Irene Conceptini, Candida Palace, Ferreira de Souza, Leopoldo Fróes, todos eles, nomes consagrados nos palcos.

Fortuna crítica

Em maio de 1920, Peryllo Doliveira chegou à capital da Paraíba, completamente anônimo. Após três anos de clausura na arte de representar, já instalado e de volta à cena teatral na comédia, tragédia e dramática capital da Paraíba, em março de 1923, apresentou-se no teatro Santa Rosa, no papel principal da peça Água mole em pedra dura…, com sucesso estupendo. Deixando o palco, dedica-se à literatura e ao jornalismo, tornando-se conhecido como um dos maiores incentivadores do movimento de renovação literária do Brasil: o modernismo.

Desde 1922, exercia funções burocráticas na Secretaria Geral do Estado e, a convite do poeta Silvino Olavo, integrou-se à redação de O Jornal, órgão recém-criado. Colaborou, também, em A União e foi redator da Revista Era Nova. A sua produção literária é caracterizada pelo lirismo e por uma profunda melancolia. Publicou: Desconhecida (novela), 1924; Canções que a vida me ensinou (livro de estréia), 1925; Caminho cheio de sol (poesia), 1928; A voz da terra (poema), 1930.

Destarte, até 1923, dedicou-se à vida teatral. Depois, ingressou na imprensa e na vida literária, por meio da qual se tornou conhecido, tendo sido um dos iniciantes, na Paraíba, do movimento literário modernista.

Conseguiu publicar seus primeiros versos na revista Era Nova, periódico que marcou época na vanguarda do movimento modernista e agregava nomes como Américo Falcão, José Rodrigues de Carvalho, José Américo de Almeida, Ademar Vidal, Eudes Barros, Sinésio Guimarães, Silvino Olavo e outros.

Integrou-se ao corpo de auxiliares da revista Era Nova e passou a assinar uma “crônica social” na coluna “Noticiário Elegante”, depois, uma coluna “Notas de Arte”. Escreveu uma série de crônicas intituladas “Cidade dos Jardins”, sob o pseudônimo Paulo Danízio.

A cena inaugural de sua estréia editorial internacional é em 1925, no qual publicou seu primeiro livro Canções que a Vida me Ensinou, em cuja obra, embora moderna, ainda predominava a temática da poesia simbolista. Esse livro trouxe-lhe uma reconhecida versão pro espanhol, editado na Argentina.

Além de ator e poeta, Peryllo Doliveira era pintor e costumava pintar os cenários de seus festivais de artes. No livro Canções que a vida me ensinou, a capa e as ilustrações são do próprio autor.

Em 1927, viajou pro Rio de Janeiro onde foi recebido por seu conterrâneo de Araruna, Pereira da Silva, por Ademar Tavares, Theo Filho e outros do mundo literário carioca.

De volta à Paraíba, fez excursão ao Norte recebendo no Pará uma verdadeira consagração às suas qualidades de poeta e ator. Com o mesmo êxito foi recebido no Amazonas.

Em 1928, publicou Caminhos Cheios de Sol, talvez, sua melhor obra, e onde se mostra definitivamente alinhado ao espírito renovador da literatura brasileira.

Em fins de 1928, o poeta já se sentia doente; a tuberculose minava-lhe o peito. Tentando melhoria pra sua saúde transferiu-se, com seu modesto emprego, da Secretaria de Administração do Governo à Mesa de Rendas de Monteiro.

Em 1929, escreve A Voz da Terra, dedicado ao presidente João Pessoa, seu último trabalho.

Em junho de 1930, já bastante doente, deixa o trabalho e vem morar em companhia de sua genitora. Às primeiras horas do dia 26 de agosto de 1930, aos 32 anos, faleceu em sua residência, à avenida 12 de outubro, no bairro de Jaguaribe.

Alguns poucos amigos e vizinhos acompanharam Peryllo ao cemitério Senhor da Boa Sentença, onde falou na despedida o poeta Leonel Coelho.

Fonte: https://montgomery1953.wordpress.com/2010/12/07/peryllo-doliveira-uma-poetica-do-modernismo-na-paraiba/

MAIS INFORMAÇÕES: http://www.casadamemoriaararuna.com/peryllo.htm

Equipe

Andrelino da Silva
Popularmente conhecido por Lino Sapo é bibliotecário documentalista da Universidade Estadual da Paraíba desde 2012, formado em Biblioteconomia pela UFRN (2009) e em História pela UNP (2009). Atualmente estuda Letras pela UFPB e faz especialização em Antropologia (Faveni). Além de Bibliotecário é poeta e escritor com três livros lançados e mais de cem poemas escritos. Denomina-se amante dos livros e mendigo de conhecimento o que levou a profissão de bibliotecário.

 

 

Tiago José da Silva Pereira

João Maria Cardoso e Andrade

Especialista em Fundamentos da Educação – PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INTERDISCIPLINARES (SEE-PB/UEPB)(2014). Especialista em DIREITOS FUNDAMENTAIS E DEMOCRACIA (DCJ/UEPB)(2013). Historiador pela Universidade Estadual da Paraíba (2010). Professor da Disciplina de História na Rede Estadual de Educação da Paraíba. Professor Supervisor da disciplina de História, do Pibid – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Atualmente é técnico administrativo da Universidade Estadual da Paraíba e Pesquisador do Centro de Referência em Direitos Humanos do Agreste da Paraíba, parceria entre a UEPB e a SDH-PR. Integra Grupo Terra – Grupo de Pesquisa Urbana, Rural e Ambiental – UEPB atuando nas linhas de pesquisa: Direito Ambiental e História do Pensamento Jurídico, Direitos Fundamentais e Democracia, Espaço Agrário e movimentos sociais, e Espaço e memória. Organizador do Congresso Jurídico do Centro de Humanidades – UEPB.

Currículo Lattes: lattes.cnpq.br/1151775381277074

 

Ramon Trindade Marques

Possui graduação em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba (2009) e pós-graduação lato sensu em Biblioteconomia pela Faculdade Internacional Signorelli (2013). Servidor ocupante do cargo Técnico Administrativo Universitário, desde 2012, pela Universidade Estadual da Paraíba, onde exerce a função de auxiliar o gerenciamento tanto das unidades de rede de sistemas de informação quanto da qualidade e conteúdo das fontes informacionais. Coleta dados estatísticos e auxilia na sua análise viabilizando o desenvolvimento das políticas de informação e de funcionamento e controle patrimonial bibliotecário. Em conjunto e supervisionado por profissional Bibliotecário, trata tecnicamente de recursos informacionais e elabora linguagem documentária. O desenvolvimento de padrão de qualidade gerencial visa a otimização dos recursos informacionais tendo em mente sua disseminação.

Currículo Lattes: lattes.cnpq.br/1247651364723997

 

Maria de Fátima Silva

Possui formação em Auxiliar de Biblioteca, secretariado, atendimento ao público e recepcionista, atuou em outras áreas; Atua como auxiliar administrativa na universidade desde 2017,onde exerce a função de auxiliar o gerenciamento de sistemas e de informação quanto da qualidade e conteúdo informacionais junto a dados estatísticos e auxiliando em uma análise e viabilizando o desenvolvimento das políticas de informação e de funcionamento e controle patrimonial bibliotecário

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