Projeto de docente do CH auxilia na identificação do plágio acadêmico e alerta sobre prejuízos desta prática
O plágio é uma desonestidade intelectual do pesquisador que expõe trechos de trabalhos de outros pesquisadores em seus trabalhos e não dá os devidos créditos à fonte, se apropriando indevidamente da produção de terceiros como se fosse sua. Essa prática desonesta tem sido objeto de crescentes preocupações no meio acadêmico brasileiro e, como forma de combatê-la, um projeto da professora Andréa Morais Costa Buhler, do Centro de Humanidades (CH) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Câmpus III de Guarabira, vem se tornando uma ferramenta eficaz para ajudar a identificar e combater o plágio acadêmico no âmbito universitário, bem como alertar para seus prejuízos.
A cartilha “Vamos falar sobre plágio acadêmico?” procura conscientizar os alunos sobre os prejuízos do plágio em suas diversas formas e esclarecer sobre os danos que essa prática representa, uma vez que, ao copiar o texto de outro autor, o futuro profissional demonstra fragilidade no domínio do conteúdo produzido. O material também tem cunho didático, pois apresenta algumas das normas exigidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para o desenvolvimento de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) e trabalhos acadêmicos em geral.
Inicialmente pensado para ser desenvolvido apenas no Câmpus de Guarabira, devido a sua relevância o projeto ganhou a adesão de outros professores da UEPB e, por determinação da Reitoria, foi ampliado, com a distribuição da cartilha em todos os câmpus da Universidade. O informativo esclarece que, em caso de dúvidas sobre a forma correta de fazer citações e referências, os alunos devem solicitar auxílio aos professores e/ou bibliotecários, que são profissionais capacitados para prestar a melhor orientação possível sobre o assunto.
Professora do Departamento de Letras do Centro de Humanidades, Andréa Morais Costa Buhle ressalta que a ideia de produzir a cartilha surgiu há dois anos, quando ela percebeu o aumento de plágios em trabalhos acadêmicos como dissertação, tese e, principalmente, nos TCCs, nos quais ela identificou serem copiados da internet. A docente frisa que, infelizmente, essa prática é comum nas instituições, o que exige uma campanha de conscientização entre a comunidade acadêmica.
A cartilha tem arte gráfica do jornalista, designer e ilustrador Júlio César, da Coordenação de Comunicação (Codecom) da Instituição. O material foi impresso na Gráfica Universitária e já está sendo distribuído em todos os câmpus da Universidade. Andréa destaca que o informativo objetiva repercutir um grave problema na relação alunos/academia. Ele não exaure as informações sobre o tema, porque há muitas outras formas de plágio. Deste modo, “a publicação é, antes de tudo, um convite para um debate ou, no mínimo, uma reflexão sobre o tema, suas causas e consequências”.
No material também constam informações sobre punições que podem ser aplicadas ao plagiador, que podem variar entre a perda da disciplina, uma intimação formal por parte da gestão administrativa ou as implicações legais com a Lei dos Direitos Autorais. “Por isso, o melhor é prevenir”, frisa professora Andréa. O material também está disponível para consulta em PDF, clicando AQUI.
Texto: Severino Lopes
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