Seminário de Engenharia Sanitária e Ambiental discute meios para garantir qualidade da água de Boqueirão

26 de julho de 2016

SIESA2

Com 8,1% de sua capacidade, o Açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, corre o risco de ser contaminado com níveis elevados de cianobactérias, o que poderia comprometer a qualidade da água consumida pela população e demais cidades abastecidas pelo manancial. Para buscar alternativas que minimizem os efeitos da seca e garanta o fornecimento de água dentro das normas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (UEPB), a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), através do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, realizou durante toda esta terça-feira (26) o 1º Seminário de Inovação de Engenharia Sanitária e Ambiental (SIESA).

O evento, realizado no Auditório do Departamento de Psicologia, no Câmpus de Bodocongó, foi aberto pelo reitor Rangel Junior e reuniu durante professores, estudantes e pesquisadores da área de recursos hídricos, a exemplo do diretor do Centro de Ciências e Tencologia (CCT), Edvaldo Alves, e o diretor da Fundação Parque Tecnológico, Mário César Soares. Ao final do evento, os organizadores reuniram as informações dos conferencistas e elaboraram um documento com propostas para minimizar os efeitos da escassez de água na região.

A engenheira química da Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA), Valderice Alves, apresentou uma proposta que tem sido utilizada para despoluir os mananciais de Pernambuco e que pode ser empregada para combater as cianobactérias do Açude Epitácio Pessoa. Ela ministrou a conferência “Técnicas de Tratamento de água para consumo Humano utilizadas para a remoção de cianobactérias”. Entre as técnicas mais eficazes no combate às cianobactérias, estão os processos oxidativos avançados de oxidação química para degradação das cianobactérias e remoção das toxinas que podem prejudicar a saúde humana, especialmente o fígado e o sistema nervoso central.

Valderice também enfatizou que a aplicação dessa técnica não basta, mas é preciso haver um monitoramento permanente da qualidade da água, mantendo as concentrações dentro do limite estabelecido pela Portaria do Ministério da Saúde. Segundo a engenheira química, os custos para a aplicação da técnica não são altos, visto que toda companhia de saneamento já tem os investimentos básicos dos produtos químicos utilizados para o tratamento. “Então, o uso do peróxido de hidrogênio em conjunto com o ferro já existente na maioria desses mananciais faz um processo de reação e confere essa oxidação”, explicou.

SIESA6

Responsável pela conferência de abertura, a professora da USP, Clarissa Câmera, abordou o tema “Segurança Hídrica e Modelo de Transferência de Riscos Hídricos”. A professora, que é formada pela UEPB, propôs que a questão hídrica seja avaliada como uma questão do nosso dia a dia e não isolada, como se fazia antigamente. Ela defendeu que toda a questão seja avaliada de uma forma que a população possa contribuir.

O reitor Rangel Junior destacou a importância da Universidade debater a questão da inovação na área de Engenharia Sanitária. Ele ressaltou que as questões relacionadas aos recursos hídricos e sustentabilidade devem ser trabalhadas de forma permanente e que a busca por soluções para os problemas da área também precisam envolver as universidades.

SIESA4

Coordenadora geral do evento, a professora e engenharia sanitária Weruska Brasileiro Ferreira ressaltou que a Universidade pode contribuir para achar soluções para o problema de escassez hídrica. Os temas debatidos no evento, segundo ela, devem provocar a sociedade na conscientização da preservação da água. Ela ressaltou ainda que a Universidade pode contribuir com informações e conhecimentos que ajudem o Estado a se preparar para receber as águas vindas da transposição do Rio São Francisco.

SIESA1

Palestrante do evento, o representante da Cagepa, Ronaldo Menezes, parabenizou a UEPB pela iniciativa e reafirmou que a água armazenada no Açude Epitácio Pessoa pode ser utilizada até janeiro de 2017 quando o manancial deve atingir os 20 milhões de metros cúbicos, conforme estabelece a Agência Nacional das Águas (ANA).

Além de buscar discutir temas pertinentes aos problemas enfrentados nas questões que envolvem recursos hídricos, o Seminário tratou de temas voltados à qualidade da água utilizada para consumo humano, transposição do Rio São Francisco e novas tecnologias empregadas no tratamento de águas.

Texto: Severino Lopes
Fotos: Franklin Bonfim e Glêbson Rodrigues

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Seminário de Engenharia Sanitária e Ambiental discute meios para garantir qualidade da água de Boqueirão

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Com 8,1% de sua capacidade, o Açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, corre o risco de ser contaminado com níveis elevados de cianobactérias, o que poderia comprometer a qualidade da água consumida pela população e demais cidades abastecidas pelo manancial. Para buscar alternativas que minimizem os efeitos da seca e garanta o fornecimento de água dentro das normas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (UEPB), a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), através do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, realizou durante toda esta terça-feira (26) o 1º Seminário de Inovação de Engenharia Sanitária e Ambiental (SIESA).

O evento, realizado no Auditório do Departamento de Psicologia, no Câmpus de Bodocongó, foi aberto pelo reitor Rangel Junior e reuniu durante professores, estudantes e pesquisadores da área de recursos hídricos, a exemplo do diretor do Centro de Ciências e Tencologia (CCT), Edvaldo Alves, e o diretor da Fundação Parque Tecnológico, Mário César Soares. Ao final do evento, os organizadores reuniram as informações dos conferencistas e elaboraram um documento com propostas para minimizar os efeitos da escassez de água na região.

A engenheira química da Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA), Valderice Alves, apresentou uma proposta que tem sido utilizada para despoluir os mananciais de Pernambuco e que pode ser empregada para combater as cianobactérias do Açude Epitácio Pessoa. Ela ministrou a conferência “Técnicas de Tratamento de água para consumo Humano utilizadas para a remoção de cianobactérias”. Entre as técnicas mais eficazes no combate às cianobactérias, estão os processos oxidativos avançados de oxidação química para degradação das cianobactérias e remoção das toxinas que podem prejudicar a saúde humana, especialmente o fígado e o sistema nervoso central.

Valderice também enfatizou que a aplicação dessa técnica não basta, mas é preciso haver um monitoramento permanente da qualidade da água, mantendo as concentrações dentro do limite estabelecido pela Portaria do Ministério da Saúde. Segundo a engenheira química, os custos para a aplicação da técnica não são altos, visto que toda companhia de saneamento já tem os investimentos básicos dos produtos químicos utilizados para o tratamento. “Então, o uso do peróxido de hidrogênio em conjunto com o ferro já existente na maioria desses mananciais faz um processo de reação e confere essa oxidação”, explicou.

SIESA6

Responsável pela conferência de abertura, a professora da USP, Clarissa Câmera, abordou o tema “Segurança Hídrica e Modelo de Transferência de Riscos Hídricos”. A professora, que é formada pela UEPB, propôs que a questão hídrica seja avaliada como uma questão do nosso dia a dia e não isolada, como se fazia antigamente. Ela defendeu que toda a questão seja avaliada de uma forma que a população possa contribuir.

O reitor Rangel Junior destacou a importância da Universidade debater a questão da inovação na área de Engenharia Sanitária. Ele ressaltou que as questões relacionadas aos recursos hídricos e sustentabilidade devem ser trabalhadas de forma permanente e que a busca por soluções para os problemas da área também precisam envolver as universidades.

SIESA4

Coordenadora geral do evento, a professora e engenharia sanitária Weruska Brasileiro Ferreira ressaltou que a Universidade pode contribuir para achar soluções para o problema de escassez hídrica. Os temas debatidos no evento, segundo ela, devem provocar a sociedade na conscientização da preservação da água. Ela ressaltou ainda que a Universidade pode contribuir com informações e conhecimentos que ajudem o Estado a se preparar para receber as águas vindas da transposição do Rio São Francisco.

SIESA1

Palestrante do evento, o representante da Cagepa, Ronaldo Menezes, parabenizou a UEPB pela iniciativa e reafirmou que a água armazenada no Açude Epitácio Pessoa pode ser utilizada até janeiro de 2017 quando o manancial deve atingir os 20 milhões de metros cúbicos, conforme estabelece a Agência Nacional das Águas (ANA).

Além de buscar discutir temas pertinentes aos problemas enfrentados nas questões que envolvem recursos hídricos, o Seminário tratou de temas voltados à qualidade da água utilizada para consumo humano, transposição do Rio São Francisco e novas tecnologias empregadas no tratamento de águas.

Texto: Severino Lopes
Fotos: Franklin Bonfim e Glêbson Rodrigues

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