Feira Agroecológica encerra atividades realizadas durante 4ª edição do Fórum de Economia Solidária no Câmpus VII
Promover um conjunto de atividades econômicas, envolvendo produção, distribuição, poupança e crédito, são algumas das metas propostas por um dos setores que vêm agrupando cada vez mais produtores rurais, chamado Economia Solidária. E esse jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver foi vivenciado nesta terça (3) e quarta-feira (4), no Câmpus VII da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), instalado na cidade de Patos. Cerca de 50 produtores dialogaram sobre como empreender no 4º Fórum de Economia Solidária, que ofereceu a possibilidade de compartilhamento de experiências, desafios, debates sobre gestão social e recursos renováveis, além de uma feira instalada no Centro de Ciências Exatas Aplicadas (CCEA), com uma oferta de mais de 200 produtos agroecológicos de produtores de toda Paraíba.
De acordo com o pró-reitor adjunto de Pós-Graduação e Pesquisa da UEPB, professor Cidoval Morais, o objetivo do evento foi fazer um mapa do que tem sido um desafio para os praticantes da economia solidária, sobretudo no momento de poucos investimentos na área. Ele ainda destacou a troca de experiências durantes os dois dias de atividades, fator que contribui para que produtores de várias regiões possam se integrar às práticas bem-sucedidas que são realizadas em outras áreas do Estado.
“Aqui, eles dialogam a realidade da Economia Solidária com a academia e, sobretudo, trazem para dentro do campo da Administração as grandes preocupações e demandas do setor que, apesar de alternativo e fazer contraposição ao capitalismo, tem também necessidades que são do campo da Administração, da Comunicação, do Marketing, da certificação, da comercialização, do planejamento estratégico da produção e da organização e distribuição da produção. O autogerenciamento é o grande desafio da Economia Solidária e momentos como esse são importantes, porque possibilitam a abordagem em temas críticos que são discutidos no Fórum”, disse Cidoval.
Durante os dois dias de atividades, os empreendedores puderam aprender coisas novas, bem como apresentar os produtos que estão desenvolvendo, todos sob as indicações da agricultura familiar e livre de agrotóxicos. Estiveram à disposição dos visitantes da feira produtos oriundos do cultivo de horto granjeiros, legumes, produtos derivados do leite, queijos, doces, cocadas, cachaças artesanais, artesanatos em palha, barro, cerâmica, fitoterápicos, uma diversidade de itens do sistema orgânico e agroecológicos.
O diretor do Centro de Ciências Exatas e Sociais Aplicadas, professor Adriano Homero Pereira, destacou a qualidade do que foi disponibilizado para a comunidade durante a realização da feira, ressaltando que a iniciativa é uma oportunidade enriquecedora para os produtores e para os consumidores, pois estimula uma forma de economia mais justa e oferta produtos de melhor qualidade, especialmente por serem produtos agroecológicos, que contribuem para uma melhor qualidade de vida das pessoas.
Já o diretor adjunto do CCEA, Odilon Avelino da Cunha, salientou a participação da comunidade acadêmica do Câmpus VII que, durante os dois dias, prestigiou o Fórum. “Mesmo estando no final do semestre letivo, foi destacada a participação de alunos, professores e técnicos administrativos, todos envolvidos em mais essa edição. A cada ano o Fórum ganha em engajamento e isso é muito importante para todos. Ganham os produtores, que apresentam seus produtos à comunidade, os pesquisadores de instituições parceiras e também todos nós, pela troca de experiências e conhecimento”, disse Odilon.
Texto: Givaldo Cavalcanti
Fotos: Divulgação Câmpus VII
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