Reitor Rangel Junior profere aula inaugural no Centro de Humanidades do Campus de Guarabira
Para abrir oficialmente o ano letivo 2013 do Centro de Humanidades instalado no Campus III da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Guarabira, o reitor Rangel Junior proferiu, na noite desta quarta-feira (20), a aula inaugural com o tema “As universidades públicas e o desenvolvimento nacional”. A solenidade foi prestigiada por professores, estudantes, coordenadores de cursos e direção do Campus.
O reitor começou a sua fala dando as boas vindas aos feras bem como aos alunos veteranos dos cursos de Direito, Geografia, História, Letras e Pedagogia, e disse que a UEPB estava de braços abertos para acolher a todos. Em sua mensagem, ele destacou que estava em Guarabira para falar acerca do papel que a universidade pode cumprir do ponto de vista do desenvolvimento do Estado.
O argumento central apresentado por Rangel Junior foi em relação ao conjunto de atribuições que a universidade tem do ponto de vista social e, ao mesmo tempo, o conjunto de requisitos que a Instituição tem para atender tais objetivos. As universidades, segundo ele, nasceram como luta de uma classe e sempre serviram a um projeto de classe.
Dentro desse universo e da perspectiva de uma universidade voltada para a sociedade, Rangel destacou a existência de uma luta histórica que permeia as universidades públicas entre conservadores e modernistas. As universidades na história da humanidade, de acordo com o reitor, têm mais de 800 anos e nasceram com o selo de autonomia que são passiveis de transformações.
Ele lembrou que a história das universidades brasileiras é recente, só constituindo seus primeiros cursos superiores com a vinda da família real no século XIX, mas que só começou a funcionar de verdade no século XX, tendo avançado nos anos 60. Ainda segundo o reitor, um novo vigoroso ciclo de expansão no ensino público gratuito surgiu no ano 2003, com o advento do Governo Lula.
Voltando no tempo, mas apontando para o futuro, o reitor lembrou que nos últimos anos aconteceu uma mudança de paradigma com a construção de um estado moderno. “Não podemos perder de vista o papel que deve desempenhar uma universidade pública nesse momento de desenvolvimento da humanidade”, observou, acrescentando que as universidades cumprem um grande papel no processo civilizatório da sociedade, atuando na construção do conhecimento e na formação de profissionais qualificados.
Segundo o reitor, são as universidade públicas responsáveis por 90% das pesquisas desenvolvidas no país e que atingiram, até hoje, o melhor patamar de qualidade, tanto nos padrões nacionais como internacionais, sendo que no tocante às vagas no ensino superior, as universidades estaduais respondem por 42% do total. “Entretanto, essas universidades não recebem recursos orçamentários federais para custear suas despesas”, observou.
Rangel Junior defendeu uma discussão em torno da implantação de uma política nacional para que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) deixe de ser um ministério apenas das universidades federais e passem a beneficiar todas as instituições. Ele defende uma ampla mobilização nacional em torno do assunto.
Prestigiaram a aula inaugural a professora Célia Regina, pró-reitora da Administração; o professor Agassiz Almeida, vice-diretor do Campus; a estudante Daniela Alexa, coordenadora do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e representantes dos Centros Acadêmicos.