Curso de formação continuada sobre saberes afro-brasileiros tem início com debate sobre diretrizes curriculares
Tiveram início, no último sábado (24), na Escola Municipal Quilombola Professora Antônia do Socorro Silva Machado, situada em Paratibe, no Bairro Valentina, em João Pessoa, as atividades pedagógicas referentes ao projeto de extensão “Saberes e Fazeres Afro-brasileiros e Indígenas na Sala de Aula”. A iniciativa é coordenada pelo Professor Waldeci Ferreira Chagas, do Departamento de História do Centro de Humanidades (CH) do Campus III da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), situado em Guarabira.
Tratando-se de uma parceria entre a UEPB e a Secretaria de Educação do município de João Pessoa, a ação se constitui em um curso de formação continuada na área de educação étnico-racial, voltada para professores da referida escola e de outras unidades de ensino. Segundo o professor Waldeci, serão trabalhados conhecimentos sobre a história dos povos africanos e a cultura afro-brasileira e indígena seguindo o que está preconizado nas leis 10.639/03 e 11.645/008.
“A ideia é que as metodologias discutidas sejam aplicadas no cotidiano das salas de aula pelos docentes da Educação Básica. Para tanto, serão debatidos alguns tópicos, tais como: o uso do teatro no ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena, contação de história, livro didático e religiosidades afro-brasileiras e indígenas”, explicou o docente.
A aula inaugural trouxe para o debate o tema “Diretrizes Curriculares Nacionais e a Educação Escolar Quilombola. O que é? Por que essa modalidade de educação?”, que foi ministrado pelo Professor Waldeci Ferreira Chagas. Também esteve presente na solenidade de abertura a equipe pedagógica da escola quilombola, que atua em colaboração com o projeto, sendo constituída pelos docentes: José Élson Carvalho Lira (Coordenador de Projeto da Escola), Jandira Pontes Morais de Sousa (Gestora Geral), Joelma da Costa Santos (Pedagoga), Nadelma Alves da Silva Ferreira (Pedagoga), Nilcione Maciel Lacerda Batista (Pedagoga), Pedrina Sampaio Araújo (Assistente Social) e Kelly Cristina Dumont da Silva (Psicóloga). A abertura das atividades ainda contou com apresentações do Grupo de Dança Afro da citada escola.
O curso de formação continuada, que é composto por 70 professores, será concluído em novembro. A escola em foco atende cerca de 1.000 estudantes, distribuídos entre o ensino infantil, fundamental I e II e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Cerca de 30% do público atendido constituem-se de remanescentes quilombolas, sendo que 80% dos discentes matriculados são negros.
Confira AQUI o cronograma das atividades.
Simone Bezerrill/Ascom-CH