CH promove exposição e panfletagem para orientar professores e estudantes sobre Nova Divisão Regional do Brasil

12 de junho de 2018

Embora uma nova divisão regional esteja em vigor no Brasil desde 2017, muitas pessoas, inclusive as que frequentam a universidade, não têm conhecimento sobre as mudanças promovidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante dessa realidade, o Campus III da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), situado em Guarabira, realizou, nessa segunda-feira (11), uma intervenção informacional, visando chamar a atenção da comunidade acadêmica do Centro de Humanidades (CH) para a existência das mais recentes classificações regionais.

Por meio da exposição de mapas e cartazes, bem como da distribuição de panfletos, a ação se estendeu durante os turnos manhã, tarde e noite. Tratou-se de uma iniciativa idealizada e coordenada pelo professor Ivanildo Costa da Silva, vinculado ao Departamento de Geografia. O docente, que ministra a disciplina Regionalização e Integração Regional Brasileira, contou com o apoio da turma 2015.2 do Curso de Geografia.

Durante as abordagens a estudantes, docentes e técnicos administrativos, foram também expostos os motivos que condicionaram o IBGE a sistematizar a Nova Divisão Regional. Segundo o professor Ivanildo, é notório o fato de que muitos professores e alunos desconhecem as alterações e, consequentemente, não utilizam as novas denominações regionais na construção de suas produções científicas, continuando a recorrer a uma terminologia  desatualizada.

Até o momento, já tinham sido verificadas, oficialmente, três divisões regionais na história do Brasil, sendo cada uma delas estabelecida a partir das condições de desenvolvimento industrial, econômico, social e intelectual de cada época. “A primeira se deu em 1942, no início da industrialização do país. A segunda divisão ocorreu em 1970, no governo militar, e representava os avanços ocorridos desde 1942. Já a terceira aconteceu em 1990, quando o Brasil passava por um processo reestruturação da Democracia”, relatou o docente.

No contexto atual, ganham destaques as subdivisões nos estados da federação. Seguindo a explicação do professor Ivanildo Costa, tem-se a seguinte configuração: “Se nas divisões anteriormente citadas ocorreram modificações internas e externas em relação às grandes regiões brasileiras, culminando na expansão ou restrição de suas áreas territoriais, bem como dos estados abrangidos, com a divisão de 2017 as mudanças se deram unicamente nas subdivisões internas dos estados. Assim, as Mesorregiões e Microrregiões da divisão de 1990 foram substituídas, respectivamente, pelas Regiões Intermediárias e Regiões Imediatas”.

No que diz respeito ao estado da Paraíba, as Mesorregiões como Agreste e Sertão, por exemplos, foram extintas, sendo instituídas em seus lugares as Regiões Intermediárias, como João Pessoa e Sousa-Cajazeiras. O mesmo ocorreu com as Microrregiões, a exemplo de Brejo e Cariri, substituídas por Regiões Imediatas como Cuité-Nova Floresta e Mamanguape-Rio Tinto. Para saber mais sobre o assunto, clique aqui e tenha acesso ao site do IBGE e aos mapas de todos os estados brasileiros.

 

 

Simone Bezerrill Cardozo/Ascom-CH

Fotos: Ivanildo Costa/Jarbelle Bezerra