CH desenvolve oficinas para auxiliar docentes do Ensino Básico na aplicação de conteúdos Afro-brasileiros

16 de junho de 2015

???????????????????????????????Teatro, artes plásticas, música e dança. É por meio do uso de linguagens artísticas que o Campus III da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), situado em Guarabira, desempenha um trabalho voltado para o processo de ensino-aprendizagem. Trata-se das “Oficinas de Saberes Afro-brasileiros”, uma iniciativa de cunho pedagógico e cultural que reúne licenciandos e professores do Ensino Básico de diversos municípios do Brejo paraibano.

 

A associação entre arte e ciência faz parte do projeto de extensão “Coisas de negros/as, Coisas de brasileiros/as”, coordenado pelo professor Waldeci Ferreira Chagas. A ação tem o objetivo de proporcionar saberes e metodologias destinados à aplicação, na sala de aula, dos temas que versam sobre a cultura afro-brasileira e dos povos africanos.???????????????????????????????

 

“Desde 2003, com a instituição da Lei 10.639, que ressalta a importância da herança negra na constituição da sociedade brasileira, as escolas estão obrigadas a implementar  tal debate em seus currículos. Portanto, nosso intuito é de colaborar com a formação de professores/as na perspectiva de que lidem com tais conteúdos com mais clareza”, explicou Waldeci.

 

As primeiras oficinas em execução são as de Teatro e Teatro de Bonecos, ministradas, respectivamente, pelos colaboradores Tiago Salvador, ator e coordenador da Companhia de Teatro de Solânea (Facinart), e Luís Dantas Cabral, docente da rede estadual e educador social. Já utilizados pelos jesuítas no processo de catequização dos povos indígenas, o teatro de bonecos é considerado uma ferramenta importante para o desenvolvimento da oralidade, da escrita e da interação entre as crianças no cotidiano escolar.

 

???????????????????????????????“O emprego desse recurso linguístico, além dos demais que ainda serão concretizados durante as oficinas, possibilita a aprendizagem das temáticas que estejam sendo abordadas pelos professores, sobretudo, no que diz respeito a discussões como preconceito, racismo e igualdade social”, ressaltou Waldeci.

 

Além de uma explanação teórica e metodológica referente à utilização das linguagens artísticas, os 40 participantes do projeto aprendem técnicas de respiração, atuação e confecção de bonecos  a partir de materiais recicláveis. As atividades, que acontecem sempre aos sábados, seguem até julho com oficinas sobre música, dança e artes, a serem ministradas pela musicista Teresa Bernardo, pela atriz e educadora Fernanda Mara e pelo artista plástico Ilson Roberto Moraes Saraiva. Em breve, serão abertas novas turmas.

 

 

 

 

Simone Bezerrill/Ascom-CH