Centro de Humanidades recebe reforma estrutural para melhoria de suas dependências
A comunidade acadêmica do Câmpus III da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), localizado em Guarabira, já visualiza as mudanças estruturais realizadas no Centro de Humanidades (CH). Todos que percorrem os corredores e têm acesso às salas de aula, sobretudo, professores e estudantes, que diariamente convivem nesses espaços, identificam as melhorias e percebem como elas foram fundamentais para o aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem.
Podendo ser definida como um locus de convivência da diversidade, voltado para a troca de experiências, a sala de aula necessita, para cumprir satisfatoriamente sua função, dispor de uma estrutura capaz de proporcionar conforto e bem-estar. Atento a essa questão e atendendo a uma demanda conjunta de professores, estudantes e servidores técnicos administrativos, a Reitoria da UEPB promoveu uma série de reformas no Câmpus III, tendo como objetivo proporcionar condições mais adequadas de trabalho aos professores e ambientes mais favoráveis e seguros para os alunos.
Para o professor Waldeci Ferreira Chagas, diretor do Centro de Humanidades, as atividades acadêmicas, pedagógicas e científicas desempenhadas no CH ganharam mais potencialidade com a melhoria de sua infraestrutura. Segundo o docente, transformações estruturais sempre foram o anseio de todos os segmentos que compõem o câmpus.
“A reforma possibilitou aos estudantes comodidade para assistir aula, e aos professores, melhores condições para ministrar suas aulas, pois 60% das salas estão climatizadas e 90% contam com projetores, destacando, ainda, que já há licitação de mais equipamentos para continuar o processo de melhoria. Assim, o CH avançou e isso é benéfico para toda a comunidade. Esperamos, agora, a construção de outro prédio, para que tenhamos salas voltadas para grupos de estudo e ambientes de professor”, relatou o professor.
Melhorias nas estruturas do câmpus
O programa de reforma ultrapassou os limites da sala de aula e foi estabelecido tendo como base as necessidades de curto, médio e longo prazo. As primeiras melhorias começaram a ser realizadas a partir de maio do ano passado, com a execução do que ficou firmado acerca do que deveria ser modificado de forma urgente, após diálogo entre a Reitoria e os alunos. Assim, de acordo com o administrador do CH, Amarildo Henrique de Lucena, iniciou-se a remoção de todo o teto do prédio principal do Câmpus III para a substituição de madeiras em mau estado, de telhas quebradas e das telhas de cerâmica dos corredores A e B. Em seguida, ocorreu a troca do forro de gesso por PVC dos corredores e das salas de aula de três dos quatro blocos existentes, proporcionado conforto acústico.
Nessa etapa inicial, também foram feitos reparos em todos os banheiros, tendo sido, inclusive, um deles adaptado para atender pessoas com necessidades especiais. O Centro de Humanidades ainda foi contemplado com uma cadeira de rodas motorizada para facilitar a locomoção de estudantes e professores que necessitem desse apoio. Outras pequenas, mas essenciais, modificações se deram: pintura das paredes e portas das salas aula, bem como a colocação de visores nas portas para evitar que sejam abertas desnecessariamente, prejudicando a climatização e contribuindo para uso excessivo de energia. Em breve, serão instalados censores, visando o desligamento automático do ar-condicionado caso a porta fique aberto por mais tempo que o tolerado.
O processo de reforma continuou com a instalação de projetores nas salas de aula e implantação de uma subestação de energia elétrica com capacidade de 300 kilowatts, que deu suporte ao número de ar-condicionado que chegaria em seguida. De acordo com o administrador local, no quesito climatização, foram adquiridos aparelhos de ar-condicionado de 16 mil e 32 mil btus, sendo 14 deles colocados nas sete salas do Bloco A e cinco em salas do Bloco B. Os demais foram destinados ao Laboratório de Cartografia e à Coordenação do Curso de Pedagogia. Amarildo informou que novos aparelhos já se encontram nas dependências do CH para serem instalados nas salas do Bloco D e naquelas do Bloco B que ainda não foram beneficiadas.
Tratando-se de um espaço essencial para a leitura, a Biblioteca Professora Maria do Carmo Miranda não poderia ficar de fora das mudanças. Além de ser contemplado com novos ares-condicionados e armários para guardar volumes, o ambiente contou com a renovação de parte de seu acervo, adquirindo obras que abrangem diversas áreas das Ciências Humanas, com o intuito de facilitar o acesso ao conhecimento e estimular os alunos a buscarem o saber. O Setor de Diploma e Arquivo também recebeu um ar-condicionado, visando à conservação dos documentos institucionais.
Por sua vez, a sala dos professores passou por reformas primordiais, como troca de teto, pintura e instalação elétrica eficaz. Outro ponto que sofreu adequações diz respeito à rede wi-fi, cuja velocidade do acesso melhorou devido à substituição da conexão anterior, que era via rádio, por fibra ótica, estando em andamento a instalação de mais uma antena com o objetivo de melhorar o sinal da área externa. A segurança também foi reforçada com a instalação de câmeras de vigilância em vários pontos e a construção de uma cabine para os vigilantes, que permite uma visão mais ampla do CH.
“Sem dúvidas, a melhoria em termos de conforto e segurança para o desenvolvimento das atividades acadêmicas é primordial. Se ainda não temos a excelência nesse sentido, por outro lado, é visível que estamos trabalhando visando tal objetivo. Entretanto, neste momento, gostaria de contar com todos que fazem parte do Câmpus III para que tenham consciência da necessidade de preservação das conquistas alcançadas, por meio de uma conduta de cidadão. O espaço público é de todos e precisa de cuidados”, disse Amarildo Lucena.
Repercussão entre alunos e professores
O estudante Marco Antônio Dantas de Souza, do 4º período do curso de Direito, contou que antes da reforma, as salas eram muito quentes, havendo apenas dois ventiladores que não funcionavam adequadamente: “Agora, com a instalação do ar-condicionado, consigo me concentrar mais nas aulas, que não sofrem mais interferências externas, já que suas janelas podem permanecer fechadas, evitando barulho”.
Nessa mesma direção, a estudante Maria Cecília Oliveira Vidal de Lucena, do quinto período do Curso de Direito, diz que um ambiente favorável promove uma maior concentração nas aulas: “O estímulo para prestar mais atenção nas explanações dos professores se deu, sem dúvidas, com a melhoria estrutural de nossas salas”.
A mudança também foi percebida pelo professor Antônio Flávio, do Curso de Letras. Segundo ele, a nova estrutura possibilitou uma permanência mais significativa tanto dos alunos quanto dos professores nas salas de aula. “Considerando o clima quente da cidade, na maioria das vezes, os participantes das aulas não suportavam o calor e isso ‘causava’ interferência no processo de ensino-aprendizagem”, comentou o docente.
Texto: Simone Bezerrill
Fotos: Romário Farias e Simone Bezerrill
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