Campus III oferta curso de extensão “Registro de Interlínguas e Variação” para alunos de Letras e docentes de escolas públicas

17 de março de 2015

O Departamento de Letras do Campus III da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), situado em Guarabira, promove a partir do dia 8 de abril o curso de extensão “Registro de Interlínguas e Variação”. Com a finalidade de contribuir para a qualificação profissional, o projeto é destinado a estudantes do Curso de Letras e professores da rede pública de ensino de Guarabira e municípios circunvizinhos.

 

As inscrições podem ser efetuadas até o dia 27 de março. Estão sendo disponibilizadas 50 vagas, sendo 40 para estudantes de Letras (habilitação inglês ou português) e 10 para docentes de escolas públicas. Para se inscrever, os interessados devem apresentar comprovante de matrícula (aluno), contracheque (professor), ficha de inscrição (devidamente preenchida) e uma foto 3×4 na Secretaria do Departamento de Letras. Os formulários de inscrição estão disponíveis na internet, através do endereço eletrônico https://www.facebook.com/groups/inlabphonetics/?fref=ts.

 

Segundo o coordenador do curso, professor Leônidas da Silva Júnior, a iniciativa tem como objetivos enriquecer a formação teórica e prática dos alunos de graduação e possibilitar uma formação continuada aos professores que atuam na Educação Básica; despertar o interesse em conhecer como a língua portuguesa interfere na aquisição do inglês no que se refere a pronúncia; bem como observar até que ponto cada variante dialetal do português influencia o processo de aquisição de língua inglesa – do nível segmental (fonemas e fones) até os níveis prosódicos (acento, ritmo e entonação).

 

“Temos que ter consciência dos processos de variação do português. Essas variantes dialetais não podem ser vistas como erro, e sim, como formas de diferentes falares. Assim, visamos proporcionar aos professores e discentes de Letras momentos de reflexão sobre o ensino da pronúncia de língua inglesa, bem como, a relevância desta reflexão para a atuação profissional”, relatou o docente.

 

Os cursistas ainda serão habilitados na utilização do programa computacional PRAAT software, que permite uma análise detalhada de dados fonéticos, ajudando a visualizar se uma pronúncia está adequada ou não, indo além do limite que seria possível perceber normalmente. “Nossa percepção nos guia a ouvirmos ‘aquilo que queremos’, ou seja, a um processo psicoacústico. O Praat funciona como ‘Tira-Teima’ contribuindo, assim, para o aprendizado de uma pronúncia compreensível nos níveis da conversação”, explicou o docente.

 

 

Simone Bezerrill /  Ascom-CH