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Campus de Guarabira debate realidade de mulheres negras em evento alusivo ao Dia Nacional da Consciência Negra

Ao dar continuidade às atividades acadêmicas e culturais em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra, o Campus III da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), situado em Guarabira, promoveu, nesta terça-feira (21), uma rodada de discussões para tratar a realidade das mulheres negras no passado e no presente, bem como para debater a importância do uso da arte como ferramenta de embate político.

Os painéis de discussão contaram com a experiência da chefe do Departamento de Educação, professora Verônica Pessoa da Silva, e com as contribuições do professor Ricardo Santana, do Centro de Humanidades (CH). A estudante Amanda Beserra, do Curso de História do CH, também participou do debate, enfatizando a relevância e o papel das minorias nos processos de resistência contra sistemas opressores.

A realidade das mulheres de bairros populares de Guarabira também constou na pauta da programação. A temática foi debatida pela Associação Serviço de Educação Popular (SEDUP). Por sua vez, integrantes do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-brasileiras e Indígenas (NEABI- UEPB/CH) mostraram como as mulheres negras são retratadas nas obras do artista paraibano Jackson do Padeiro.

Para Ricardo, é preciso ultrapassar as datas comemorativas do calendário na direção da formação de uma consciência mais ampla e consistente em relação à cultura afro-brasileira. “Trata-se de uma luta permanente e sem fim”, destacou o docente, que ainda fez uma abordagem acerca da constituição do que ele denominou de “novos quilombos” ao se referir a favelas e cortiços, espaços expostos, segundo ele, a uma constante violência e vulnerabilidade social.

Com o tema “Seja Dandara, seja heroína, as atividades realizadas em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra é uma iniciativa do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-brasileiras e Indígenas. O evento propõe espaços de diálogo para versar sobre histórias de mulheres negras de ontem e hoje que são símbolos de luta por direitos e melhores condições de vida. Segundo a professora Ivonildes Fonseca, coordenadora do NEABÍ-UEPB/CH, a ideia é fortalecer a memória das lideranças negras femininas e estimular o protagonismo da mulher negra na comunidade onde vive.

Além dos painéis de discussão, a programação envolve exposição fotográfica, exibição fílmica, palestras e sarau. O evento, que estende até sexta-feira (24), conta com a parceria e o apoio da Organização de Mulheres Negras na Paraíba (Bamidelê), da Associação Serviço de Educação Popular (SEDUP), do Diretório Central dos Estudantes (DCE), da Biblioteca do CH, bem como dos Coletivos Violeta Formiga e Pretas. Clique aqui e confira.

 

 

 

Simone Bezerrill/Ascom-CH

Fotos: Jarbelle Bezerra