Seminário sobre metodologias de ensino debate História da África e cultura Afrobrasileira

12 de junho de 2014

DSC_0045Com o objetivo de compartilhar conhecimentos acerca da prática docente, o Campus III da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), situado em Guarabira, realizou, nessa quarta-feira (11), o 2º Seminário Metodologias de Ensino com foco na Lei 10.639/03, tendo como tópico de debate o ensino de História da África, dos povos africanos e da Cultura Afrobrasileira na Educação Básica.

Com o tema “Por quê/Porque a África é a nossa mãe”, o evento fez uma homenagem a dois importantes defensores dos Direitos Humanos e da igualdade social: Milton Santos e Nelson Mandela, o primeiro negro a se tornar presidente na África do Sul, em 1944. A história do intelectual e geógrafo Milton Santos foi apresentada pelo estudante do Curso de Geografia, Romário Farias. Já a biografia do advogado e político Nelson Mandela foi exposta pela graduanda do Curso de História, Emanuella Araújo, que ressaltou a perseguição política sofrida por ele e destacou sua atuação contra o Apartheid, que constituiu um sistema político racista de segregação socioeconômica predominante no país sul-africano a partir da década de 1940.DSC_0038

A professora do Município de Alagoa Grande, Lúcia Júlio, relatou sua experiência com o ensino de História da África e cultura Afrobrasileira em sala de aula. Segundo ela, as escolas ainda não assumiram a responsabilidade de trabalhar com a temática em questão e seguem o conteúdo programático preconizado na lei 10.639/03 de forma pontual.

DSC_0049“Se nós como educadores não procurarmos abraçar essa história, estaremos dando condições para que o preconceito e a discriminação continuem ativos na nossa sociedade. Temos como desafio possibilitar ao professor a compreensão de que a escola, e o Brasil, possui uma diversidade etnicorracial. Portanto, é essencial formar docentes capazes de se reconhecerem pertencentes à história e à cultura Afrobrasileira”, frisou Lúcia.

A coordenadora do seminário, professora Ivonildes Fonseca, fez referência à cultura africana como matriz fundamental na formação da sociedade brasileira. “É preciso resgatar a herança africana que existe em cada um de nós”, enfatizou. O seminário ainda contou com o apoio do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afrobrasileiras e Indígenas do Centro de Humanidades (NEABI) e dos grupos de pesquisa “Dandá ê” e “Grupo Cotidiano Cidadania e Educação”, coordenado pelo professor Waldeci Ferreira Chagas.

 

 

Simone Bezerrill/Ascom-CH