6ª Semana de Humanidades e 1º Encontro do PIBID são abertos com conferência sobre formação de professores e direito à educação
Tiveram início, na noite dessa terça-feira (28), as atividades da 6ª Semana de Humanidades e do 1º Encontro Interdisciplinar do PIBID, no Campus III da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), situado em Guarabira. O evento reúne professores, pesquisadores e estudantes de diversas instituições de ensino superior, com destaque para a Universidade da Integração de Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB), com 39 participantes.
Com o tema “Formação de Professores e Direito à Educação”, os eventos foram abertos com a conferência da professora Ana Maria Falcão de Aragão, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Sob a ótica da Psicologia, sua área de formação, a docente discorreu sobre a temática se posicionando em defesa do direito pelo respeito ao ser humano como princípio fundamental de qualquer relação, inclusive daquela estabelecida em sala de aula. Também enfatizou que a formação do professor não começa na graduação, tampouco é finalizada com a conclusão da licenciatura.
“É fundamental que olhemos para nossa formação como algo que vai se constituindo ao longo de nossas vidas, e que não termina quando se conquista o diploma. Por outro lado, a formação de professores tem que acontecer de forma coletiva. Ao entrar na escola, o docente deve sair da condição solitária para a solidária. A aprendizagem pressupõe uma relação de interdependência entre aquele que aprende, aquele que ensina, o conteúdo e o contexto”, explanou a professora Ana Maria.
A pesquisadora, com 34 anos de atuação na área da Educação, caracterizou o campo de trabalho do professor como dinâmico, mutável e contextual. “As opções metodológicas não são estáveis, precisam criar-se e recriar-se. Trata-se de uma área profissional em pleno dinamismo, que deve se definir pela responsabilização social”, relatou Ana Maria.
A palestrante ainda destacou que existe uma relação intrínseca entre a teoria e a prática, sendo, segundo ela, impossível pensar nas duas dimensões desse processo de maneira isolada. “Devemos compreender que a reflexão é a ação de indissociar a teoria da prática, sendo ambas inseparáveis e constituintes uma da outra. Portanto, é preciso buscar, na teoria, os fundamentos da prática, e nesta última a ‘construção’ da teoria. Temos que prezar por uma formação reflexiva, crítica e ecológica”, explicou a professora.
De acordo com o presidente da Comissão Organizadora, professor Martinho Guedes, lotado no Departamento de História do CH, o objetivo da 6ª Semana de Humanidades e do 1º Encontro do PIBID é promover o intercâmbio de saberes e experiências. “A troca de ideias e conhecimentos é o que confere sentido à realização desses eventos, que contam com o eficiente apoio e empenho dos docentes e alunos dos cursos de licenciatura do Campus III”, destacou Martinho.
Os referidos eventos, que se estendem até sexta-feira (31), apresentam uma vasta programação, que abrange as áreas de Direito, Letras, Educação, Geografia e História. Na manhã desta quarta-feira (29), foram realizadas duas mesas redondas, intituladas “Pós-graduação no Centro de Humanidades da UEPB: desafios e práticas” e “A formação de professores no âmbito do Centro de Humanidades”.
Nesta quinta-feira (30), serão promovidas mais duas mesas redondas, cujos temas são: “Infância, violência e educação: as repercussões da ‘Lei da Palmada’ no ensino” e “O PIBID na formação de professores de História”, com a participação da professora Circe Bittencourt, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Ainda estão sendo disponibilizados 31 minicursos e 25 simpósios temáticos, além de palestras, exposições e atividades culturais.
Atividades culturais
Várias atrações culturais irão se apresentar no Campus III durante a realização da 6ª Semana de Humanidades e do 1º Encontro Interdisciplinar do PIBID. Na abertura, ocorreu a apresentação teatral da Companhia Cênica Torre de Papel, com o espetáculo “A revolta dos brinquedos”, escrito por Pernambuco Oliveira e Pedro Veiga, com direção de Nana Rodrigues. A companhia, oriunda de Guarabira, tem 20 anos de existência e já encenou em diversos países.
Clique aqui e confira a programação completa.
Simone Bezerrill/Ascom-CH