UEPB realiza palestra com representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados
O Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Deslocados Ambientais (NEPDA) da Universidade Estadual da Paraíba, realiza, no dia 11 de outubro, às 10h, no auditório do do Campus V, localizado a Rua Horácio Trajano de Oliveira, s/nº, Cristo, a palestra “O papel da ACNUR na proteção dos deslocados ambientais: a proteção brasileira aos refugiados”, a ser proferida pelo representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados no Brasil, Andrés Ramirez. A palestra é gratuita e voltada aos estudantes, docentes e pesquisadores interessados na temática.
Representante da agência no Brasil, André Ramirez desenvolve um trabalho que atende, no Brasil, mais de 4.500 refugiados de 76 países. Suas atribuições incluem providenciar proteção legal, documentos e acesso às políticas públicas brasileiras. Os refugiados atendidos por Ramirez são homens, mulheres e crianças de todas as idades que foram forçadas a abandonar seus lares devido a conflitos armados, violência generalizada, perseguições religiosas ou por motivo de nacionalidade, raça, grupo social e opinião pública. Eles buscam refúgio em outros países para reconstituir suas vidas com dignidade, justiça e paz.
O palestrante abordará sua experiência na ACNUR, organização humanitária, apolítica e social criada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 14 de dezembro de 1950 para proteger e assistir às vítimas de perseguição, da violência e da intolerância. Desde então, a entidade já ajudou mais de 50 milhões de pessoas, ganhou duas vezes o Prêmio Nobel da Paz (1954 e 1981). Hoje, é uma das principais agências humanitárias do mundo.
O Brasil sempre teve um papel pioneiro e de liderança na proteção internacional dos refugiados. Foi o primeiro país do Cone Sul a ratificar a Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951, no ano de 1960. Foi ainda um dos primeiros países integrantes do Comitê Executivo do ACNUR, responsável pela aprovação dos programas e orçamentos anuais da agência. O trabalho do ACNUR no Brasil é pautado pelos mesmos princípios e funções que em qualquer outro país: proteger os refugiados e promover soluções duradouras para seus problemas.
No Brasil, há atualmente cerca de 4.600 refugiados reconhecidos pelo governo (2012), de mais de 70 nacionalidades diferentes. As mulheres constituem o 30% dessa população. A maioria dos refugiados está concentrada nos grandes centros urbanos do país.