Seminário realizado pela UEPB discute as múltiplas faces da mediação no cenário nacional e internacional
Estudantes, docentes, pesquisadores e profissionais de Relações Internacionais, Direito, Arquivologia, Psicologia, Serviço Social, entre outras áreas, estiveram presentes na abertura do Seminário de mediação de conflitos “As múltiplas faces da mediação”, realizada na tarde desta segunda-feira (21), no Campus V da Universidade Estadual da Paraíba.
Durante a abertura das atividades o coordenador do evento e professor do curso de Relações Internacionais, Paulo Kuhlmann, destacou a importância do estudo de soluções de paz para conflitos em todo o mundo. “Nós, que estudamos segurança humana entendemos que a mediação é um caminho que em todas as áreas, comunitária judiciária, policial, internacional, pode servir como uma forma de resolução de conflitos sem a necessidade de uma maneira mais violenta ou meio jurídico”, destacou o docente.
A primeira mesa de discussão do evento “Justiça restaurativa”, foi ministrada pelo professor de Filosofia da UEPB, Márcio Adriano Dias, que trabalhou o tema sob a ótica da alteridade, conceito de Levinás e Howad Zehr. Na sequência foi realizada a mesa “A mediação e os diferentes meios alternativos de resolução de conflitos”, tema abordado pelo discente do Mestrado em Relações Internacionais da UEPB, Daniel Castanheira.
O primeiro dia de evento contou ainda com a mesa “Mediação policial”, discutida pela mestranda de Relações Internacionais Aline Chianca; “Aspectos teóricos da mediação comunitária”, ministrada pelo Técnico Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia Tássio Tulio Bezerra e “Mediação internacional e negociação internacional”, tema abordado pelo professor da UFPB e Doutorando em Ciência Política pela Unicamp, Thiago Lima e a discente do Mestrado em Relações Internacionais da UEPB, Jeane Silva.
Nesta terça-feira (22) pela manhã os participantes do evento acompanharam a videoconferência “Justiça restitutiva na África”, com a participação da integrante do Instituto Superior de Relações Internacionais de Moçambique, Iraê Lundin, que integrou o grupo que negociou a paz em Moçambique depois de 16 anos de guerra civil.
De acordo com o professor Paulo Kuhlmann a participação da pesquisadora Iraê Lundin nesse evento é fundamental uma vez que a mesma irá abordar uma temática que vivenciou, como moçambicana, como pesquisadora e interventora. “Moçambique é um dos países que sofreu diversas agressões internas e teve que viver com elas. E ela é uma pessoa que recentemente tomou medidas de justiça restaurativa, que é uma das formas de trabalhar o lado jurídico para fazer uma conciliação comunitária. Então eu acredito que a experiência dela será importante para enriquecer nossas discussões”, avaliou o docente.
O evento prossegue na tarde desta terça-feira (22) com as mesas “Casos práticos de mediação policial”, proferida pelo presidente da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (APEDEL), Cláudio Lameirão; “A experiência da mediação familiar nos Conselhos Tutelares de João Pessoa”, tema abordado pela professora da UFPB e coordenadora do Núcleo de Extensão e Pesquisa em Mediação de Conflitos (MEDIAC), Juliana Toledo, com a participação de membros do MEDIAC; “Mediação comunitária: a experiência do Juspopuli na Bahia”, a ser ministrado pelo técnico judiciário Tássio Tulio Bezerra e “Caso prático de negociação”, tema discutido pelo professor Thiago Lima. O evento deve ser encerrado às 18h30.