Pesquisa do câmpus de João Pessoa busca realizar o mapeamento do perfil das pesquisadoras negras da UEPB

25 de maio de 2022

 

Analisar o que pesquisam as mulheres negras na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e como ocorrem os processos de reconhecimento identitário e as relações interpessoais, são alguns dos objetivos da pesquisa “O feminismo preto brasileiro no século XXI e sua relação com a identidade da mulher preta”, que está sendo realizada no câmpus V da UEPB. O estudo, desenvolvido sob a coordenação do professor do curso de Relações Internacionais da UEPB, Paulo Kuhlmann, está na fase de coleta de dados por meio de um formulário eletrônico (https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSctrqsvAECyPewpRa0LZoLyN9lStOLO2XEuovQ1NTZXLfH9-A/viewform?vc=0&c=0&w=1&flr=0) destinado a pesquisadoras negras da Instituição.

Esse projeto, que tem como base principal a compreensão da interseccionalidade e do feminismo preto, tem sido elaborado por meio de revisão de literatura feminista de autoras negras como Angela Davis, Carla Akotirene, Flávia Rios e Sueli Carneiro. De acordo com a estudante do curso de Arquivologia do câmpus V e bolsista do projeto, Kessia Souza, em um país no qual a estrutura da sociedade segue racista, patriarcal, hierarquizada e machista, essa pesquisa busca refletir sobre as consequências das intersecções que afetam as mulheres negras na atualidade, bem como suas ações e resistências durante o curso e na conclusão de seus trabalhos acadêmicos.

Desenvolvida no âmbito do Grupo de Estudos de Paz e Segurança Mundial – GEPASM o estudo parte da necessidade de compreender as dificuldades enfrentadas por pesquisadoras negras e procura facilitar as vivências destas na Universidade, além de ampliar o conhecimento acerca do tema.

“Esse projeto está sendo desenvolvido para dar maior acessibilidade aos materiais produzidos por mulheres pretas, através do mapeamento de referências bibliográficas e, posteriormente, analisar como essa disponibilidade de acessos a esses materiais, afeta o desempenho acadêmico, com foco nas universitárias pretas da UEPB”, explica Kessia.

Os dados que irão compor esse mapeamento serão coletados no formulário eletrônico até o final de julho de 2022, antes da entrega do relatório final.

Texto: Juliana Marques