Estudantes e docentes do curso de Arquivologia participam de palestra com pesquisadores de referência sobre Paleografia
Entender a história e o desenvolvimento sociocultural das antigas civilizações através de suas escritas antigas, decifrar o tempo e o espaço em que o texto foi produzido, são alguns dos propósitos da Paleografia, área do conhecimento que foi discutida pelos estudantes, docentes e profissionais do curso de Arquivologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), durante a palestra “Paleografia: a variação diacrônica da linguagem e o processo de leitura dos documentos”, realizada dia 22 de março, nos turnos da manhã e noite, com o pesquisador da UEPB, Juvandi de Souza Santos.
Compuseram a mesa de discussão a coordenadora do projeto de extensão “Uma proposta dialógica de ensino de gêneros acadêmicos: nas fronteiras do projeto SESA”, responsável pela organização do evento, professora Eliete Correia Santos; o palestrante e coordenador do Laboratório de Arqueologia e Paleografia da UEPB (LABAP/UEPB), Juvandi Santos; o professor de história e colaborador externo do LABAP/UEPB, Thomas Bruno Oliveira e a historiadora, mestranda em História e concluinte do curso de Arquivologia da UEPB Gerlane Farias.
Em sua apresentação, o professor Juvandi expôs a definição de Paleografia, a importância desse conhecimento, os nomes de grandes paleógrafos, as técnicas de leituras de documentos antigos, as principais dificuldades encontradas e alguns exemplos de textos antigos.
O palestrante, professor Juvandi Santos, é pós-doutor em História/Arqueologia (Ênfase em Arqueologia Pré-Histórica) pela PUC/RS, pós-doutor em História/Arqueologia (ênfase em Arqueologia Histórica Missioneira) na PUC/RS e realiza, atualmente, um terceiro estágio pós-doutoral na Universidade de Coimbra, com ênfase em História e Arqueologia Histórica Militar, com término previsto para 2018.
A professora Eliete Santos destaca que o estudo relacionado da paleografia e a linguística é importante para o avanço de leitura e transcrição de documentos. “As Variações Diacrônicas ocorrem de acordo com as diferentes épocas vividas pelos falantes, sendo possível distinguir o português arcaico do português moderno, bem como diversas palavras que ficam em desuso. Vale ressaltar também que o conhecimento de técnicas paleográficas de como ler abreviaturas, vocabulário, grafias associados ao contexto socio-histórico são importantes para amenizar o desafio em interpretar e atribuir sentidos a textos da época da colônia, império ou república”, reflete a docente.