Estudantes do curso de Ciências Biológicas participam de aula de campo em unidades de conservação no interior da Paraíba
Parque dos Dinossauros, Pico do Jabre e Pedra do Ingá, esses foram os locais visitados por estudantes do curso de Ciências Biológicas do Campus V da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) na aula de campo realizada nos dias 31 de maio e 1º de junho. A atividade foi realizada pelos componentes curriculares Geologia, Paleontologia e Ecologia de Ecossistemas.
De acordo com o professor Cleber Salimon, que acompanhou os alunos nessa viagem, no Parque dos Dinossauros, em Sousa, os alunos tiveram oportunidade de observar rastros fossilizados de dinossauros carnívoros, numa região com uma das maiores incidências de pegadas do mundo. “No museu puderam eles visualizar plantas fósseis, ossadas parciais de animais pré-histórico e, assim, conhecer a grande diversidade da vida que existiu em Sousa e os mecanismos de interação entre as populações de animais que ali viveram. Os discentes entenderam que os rastros, além de acrescentarem mais conhecimento sobre o peso, o tamanho e a forma dos animais, permitem informar como era a vida social desses seres — se viviam solitários ou em bando.”, explicou.
Ao longo da viagem, pela estrada, os discentes tiveram oportunidade de atravessar diversas unidades geomorfológicas: no litoral, o relevo principalmente plano das planícies fluviais e fluviomarinhas (Cenozóico); depressão sertaneja, composta por terras aplainadas das quais emergem inselbergues (neoproterozóico); planalto da Borborema que começa com seu relevo ondulado a forte ondulado e escarpas serranas e continuando pela unidade Serrinha-Pedro Velho (Paleoproterozóico) de relevo plano a ondulado e, novamente, depressão sertaneja, áreas do baixo Sertão do Piranhas e superfície dissecadas diversas de relevo ondulado.
Segundo o professor Cleber “no Pico do Jabre, os discentes visitaram o ponto culminante do estado da Paraíba, seus afloramentos rochosos (graníticos e gnáissicos) e vegetação semicaducifólia, subxerofítica, conhecida como “mata serrana” ou “brejo de altitude”, com elementos florísticos característicos da mata úmida e da caatinga”. Observaram também que com a altitude, ocorre o fenômeno da chuva orográfica, que é a serração ou neblina, permitindo maior umidade nas partes mais altas do relevo e por isto ocorrem florestas nestas áreas altas, cercadas por caatinga, na planície ou depressão sertaneja.
No Ingá, a visita ocorreu no monumento arqueológico da Pedra do Ingá, identificado como “itacoatiara”, constituído por um terreno rochoso que possui inscrições rupestres entalhadas.
A aula de campo buscou contemplar de forma prática as teorias apresentadas aos estudantes em sala de aula.
Texto: Juliana Marques
Fotos: Cleber Salimon