Estudantes de Arquivologia participam de palestra sobre o plágio e a segurança da informação
Perpetuada ao longo de séculos, a cultura do segredo tem dado lugar, nos últimos anos, às políticas voltadas à transparência e acesso à informação. Como consequência disso, práticas corruptas foram reveladas, houve uma abertura maior à participação da sociedade nos atos e processos de gestão pública, a segurança da informação tornou-se uma preocupação para gestores e profissionais de organizações públicas e privadas, a academia deparou-se com o desafio de produzir conhecimento e informação, disponibilizá-la com ética e segurança e produzir novos paradigmas, num processo que perpassa a formação profissional.
Inquietados por essas questões, os docentes do curso de Arquivologia da Universidade Estadual da Paraíba Anna Carla Queiroz e Eutrópio Bezerra, promoveram na manhã desta terça-feira (12) a palestra “O plágio no Brasil, o registro online das declarações de autoria e a certificação digital de documentos eletrônicos para descarte de papel”, que contou com a participação de estudantes do 4º ao 7º período do bacharelado.
A palestra foi proferida pelo Diretor Comercial da Hoodid Registros Online, Valdecir Ferreira de Fontes Junior. Além de apresentar a experiência da empresa pernambucana que criou um método simples para um dos processos mais complicados para criadores e empreendedores no Brasil: o registro de direitos autorais, o palestrante abordou questões como a geração de informação no mundo; o plágio no Brasil; as diferenças entre propriedade industrial e direito autoral; o cenário atual de registros de declaração de autoria no Brasil e no Mundo; a revolução do direito autoral; o registro de declaração de autoria online e documentos eletrônicos na gestão universitária sem papel.
Na oportunidade, Valdeci destacou a papel das universidades no processo de conscientização de estudantes, futuros profissionais, para a importância do direito autoral e da propriedade industrial. “Infelizmente vivemos uma cultura do ‘copiar e colar’ que desconsidera as criações do outro e não enxerga o erro e o prejuízo causado por esse tipo de prática. Nesse sentido, as escolas e universidades têm a responsabilidade de punir iniciativas de estudantes que se apropriam de produções alheias para desestimular tais atos e criar uma cultura de valorização dos trabalhos e estudos que sejam produzidos a partir do esforço e conhecimento de cada aluno. Assim teremos bons profissionais e não iremos perpetuar esse costume”, avalia.
De acordo com a professora Anna Carla, existe um déficit não só no curso de Arquivologia, mas, na área de Ciência da Informação, de profissionais que sejam especialistas nessa temática, e esse evento foi pensado para oportunizar o diálogo sobre o plágio e a segurança da informação e alertar os estudantes para a importância dessas questões.