Estudante de Relações Internacionais da UEPB é a única brasileira premiada em concurso da UNIDO
Dominar conceitos de Economia, Direito, História, Filosofia, Política, Sociologia, Comunicação; enxergar o conhecimento como uma ponte para a solução de conflitos e a construção de processos, mecanismos e práticas inerentes à dinâmica das relações entre os povos e nações. A partir desse entendimento os estudantes e graduados em Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) têm buscado conquistar posições de destaque e construir carreiras sólidas alicerçadas em uma formação teórica, ética e socialmente comprometida.
Esse é o caso da estudante do 6º período de Relações Internacionais, Telma Giovana de Freitas, vencedora nacional de um concurso de redação promovido pela Organização das Nações Unidas para Desenvolvimento Industrial (UNIDO), que contou com 140 estudantes da América Latina inscritos e teve a estudante da UEPB premiada com uma viagem à sede da UNIDO em Viena, em 6 de março, para apresentar o texto que foi enviado pela discente. Além de Telma Giovana, outros dois estudantes, do México e Peru, também foram selecionados no concurso e irão apresentar suas produções. Os estudantes vencedores receberam como premiação a viagem à Viena, acomodação e uma bolsa de estudos de 800 euros.
O tema do concurso foi “Os desafios da industrialização para alcançar o Objetivo 9 da Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável e o desenvolvimento industrial inclusivo e sustentável”. O chefe da divisão para América Latina e Caribe da UNIDO, Carlos Chanduvi, destacou o alto nível dos textos selecionados com as “visões pioneiras” mostradas nas redações e a forma como elas abordaram diferentes tópicos. Para o representante da agência, “a geração jovem será fundamental na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. Os autores das redações abordaram temas como industrialização, redução da pobreza, meio ambiente, energia e empoderamento de mulheres, entre outros tópicos.
A estudante Telma Giovana enfatiza que o resultado positivo é fruto de muito empenho e uma base teórica possibilitada com muita leitura, além do apoio de docentes do curso de Relações Internacionais da UEPB, que a informaram sobre o concurso e orientaram a produção do texto. “Eu me esforcei bastante para fazer um bom texto e acredito que o fato de integrar um projeto de iniciação científica e ter uma experiência anterior com a produção de artigos certamente me ajudou a alcançar esse resultado”, avaliou a estudante.
Vislumbrando novos horizontes
A conquista de Telma soma-se a outros exemplos de estudantes e egressos do curso de Relações Internacionais da UEPB que foram premiados com bolsas de intercâmbio, selecionados em estágios em organizações internacionais e obtiveram a aprovação em programas de pós-graduação em institutos renomados fora do país. Esse êxito confirma o potencial do corpo discente, o esforço da equipe de docentes e pesquisadores e consolida o curso junto às melhores graduações em Relações Internacionais do país, o que pôde ser referendado com o conceito “muito bom” atribuído ao curso na edição 2015 do Guia do Estudante da Editora Abril.
Estando aptos a trabalhar em instituições públicas, privadas e do terceiro setor, assim como no assessoramento de atividades parlamentares, de partidos políticos ou enveredar pela área acadêmica, os graduandos e egressos de Relações Internacionais da UEPB têm enxergado oportunidades de carreira que não estão limitadas ao cenário nacional e buscam a inserção em projetos de instituições de renome internacional.
Com professores doutores e de referência, a graduação tem desenvolvido projetos de pesquisa e extensão em diversas áreas do conhecimento, atividades que somadas às publicações de caráter científico e eventos com abrangência nacional e internacional têm projetado o curso por todo o país e capacitado os discentes para obter destaque em concursos, seleções e projetos por todo o Brasil e no exterior.
Durante o bacharelado, o aluno de Relações Internacionais da UEPB tem oportunidade de aprofundar o conhecimento adquirido em sala de aula, seja através do intercâmbio internacional ou com as práticas em simulações de organizações internacionais, a exemplo do Modelo Universitário de Diplomacia (MUNDI), no qual alunos e professores simulam reuniões de diversas organizações internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA), nas quais são discutidas temáticas diretamente ligadas à cena internacional atual.
Alguns estudantes aproveitam a possibilidade de complementar a formação com experiências de intercâmbio para praticar outro idioma, como é o caso da estudante do 6º período, Viviane Lopes, que fez um curso de inglês na Irlanda na English Course in EF International Language Centers, e da egressa Bruna Japiassú Lima, que concluiu o curso de Mandarim para estrangeiros na Zhejiang Gongshang University, em Hangzhou, na China, e atualmente trabalha em São Paulo dando assistência a empresas que fazem negócios com empresas chinesas.
Há ainda exemplos de discentes que optam por estudar algum semestre em outras instituições, validando posteriormente os componentes curriculares cursados, como ocorre com o estudante do 8º período, Onildo Veloso, que fez um intercâmbio e cursou um semestre na Universidad San Marcos, no Peru.
Concluir a graduação e conseguir a aprovação em uma seleção de mestrado com bolsa integral em uma universidade de destaque internacional é realidade para alguns egressos do curso de Relações Internacionais da UEPB, assim como ocorreu com Nara Farias, que foi aprovada em 2014 para o Mestrado em Migrações Internacionais e Relações Étnicas da Malmö University, na Suécia.
Já a estudante do 8º período, Ana Cristina Fonseca, integrou a delegação brasileira no 9º UNESCO Youth Forum, realizado em Paris, em 2015, e foi pré-selecionada para participar do programa de estágios da Organização dos Estados Americanos (OEA), no Uruguai. Diante dessas e outras experiências positivas de estudantes e egressos, o coordenador do curso de Relações Internacionais, professor Filipe Reis, avalia essas situações como resultado de uma combinação entre o esforço pessoal de cada aluno e a dedicação e qualificação do corpo docente.
“Atribuo esses resultados favoráveis em parte à atitude de cada estudante, pois na maioria destes casos por trás dessas aprovações e posições de destaque estão pessoas intelectualmente curiosas, com um histórico de participação em eventos, projetos de pesquisa e extensão, que buscam novos conhecimentos a cada dia. Por outro lado, também contamos com um corpo docente qualificado, que prepara esses estudantes para sair das fronteiras da universidade e buscar novos horizontes”, avalia o docente.
Texto: Juliana Marques