Egressos de Relações Internacionais da UEPB apresentam trajetórias de conquistas no exterior
Contribuir com a construção de relações de cooperação e paz entre os países, desenvolver habilidades de negociação e comunicação, aprimorar o conhecimento de novas culturas e idiomas, vivenciar a política num âmbito global, são muitas as atribuições que compõem o perfil do internacionalista e que servem de inspiração para quem aspira desenvolver trajetórias de sucesso na área.
No âmbito da graduação e da pós-graduação em Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), desde o início das atividades dos referidos cursos, em 2006, no caso da graduação, e em 2009, no mestrado, são vários os casos de egressos que, a partir do conhecimento adquirido nas formações acadêmicas e direcionados pelas atribuições profissionais da área, trilham caminhos de superação e vitórias.
Esta é a realidade dos egressos da graduação, Rafael Oliveira Andrade e Larissa Ponce Leon, e do egresso da pós-graduação Valter Ângelo da Silva Júnior, que, após concluírem os cursos na UEPB, deram continuidade à formação acadêmica no exterior e seguem realizando sonhos construídos a partir da dedicação, trabalho e disciplina.
O egresso da graduação e do mestrado em Relações Internacionais, Valter Ângelo, foi aprovado, recentemente, para integrar o quadro de pesquisador associado no Instituto Max Planck de Direito Público Comparado e Direito Internacional e cursar o doutorado na Universidade de Frankfurt (Goethe-Universität Frankfurt am Main), na Alemanha. O referido Instituto de Pesquisa faz parte da “Sociedade Max Planck”, que é a organização de pesquisa de maior sucesso na Alemanha. O Instituto Max Planck e a Universidade de Frankfurt são organizações reconhecidas dentre as melhores e mais prestigiadas instituições de pesquisa do mundo, com vários ganhadores do Prêmio Nobel integrando o quadro de cientistas destes centros de referência.
Para chegar a essa conquista Valter Ângelo aponta alguns fatores. Além do conhecimento adquirido em atividades curriculares e extracurriculares da graduação e mestrado realizados na UEPB, o pesquisador acredita que o engajamento em atividades diversas e a postura empreendedora podem ter colaborado para a trajetória de conquistas.
“Durante minha graduação, assim como no período enquanto estudante de mestrado, eu tive a oportunidade de me envolver em diversas ações acadêmicas curriculares e extracurriculares, atuando no PIBIC, em assessorias de instituições como a UEPB e IFPB. Além disso, tive o privilégio de iniciar minha formação na UEPB em uma época em que o país passava por crescimento econômico, expansão de oportunidades (sobretudo no que se refere ao financiamento na educação superior) e prestígio internacional consolidado. Estes fatores, somados ao engajamento que tive enquanto estudante, me colocaram na maioria das vezes em posições em que pude me articular melhor e sonhar alto”, avalia.
O egresso do curso de graduação em Relações Internacionais Rafael Andrade também é um exemplo de proatividade no qual a busca por oportunidades e experiências ainda durante a graduação fizeram a diferença na trajetória construída e resultaram na aprovação na Universidade Johns Hopkins, em Washington D.C., Estados Unidos.
“Quando entrei na UEPB, no início do curso eu já busquei um estágio no consulado alemão. Eu falava alemão, porque tinha feito intercâmbio na Alemanha quando era mais jovem, e decidi fazer estágio. Inclusive estágio não pago. Porque eu queria aprender, saber se era aquilo que eu queria, se eu iria seguir a carreira diplomática ou não. A UEPB me deu a base teórica e a prática aprendi nos estágios. Trabalhei em cursos de inglês, tradução simultânea, com marketing digital, até que fui selecionado, após um disputado processo seletivo, para o estágio no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington D.C. (EUA). Depois do estágio no BID, fui contratado e pude voltar pra João Pessoa para retomar a graduação enquanto trabalhava virtualmente para o órgão, onde atuei como consultor por 3 anos. Ao fim desse período me inscrevi para o mestrado em universidades americanas e europeias e acabei sendo aprovado em cinco instituições, quatro delas entre as melhores no ranking da revista Foreign Policy. Acabei optando pela Johns Hopkins por conta do currículo e da possibilidade de manter minha rede de contatos”, explica Rafael.
A egressa Larissa Ponce Leon também buscou nas experiências internacionais a possibilidade de realização pessoal, profissional e acadêmica. Após a superação de alguns obstáculos e direcionada pelo desejo de aprofundar os conhecimentos em ciência política e atuar numa organização internacional a internacionalista agora vivencia a fase de consolidação profissional, com a atuação numa área que sempre se identificou.
“Aos 17 anos, quando cursava o ensino médio, fiz intercâmbio na Bélgica e coloquei na cabeça que voltaria para o mestrado lá e a escolha pelo curso de Relações Internacionais foi pensando nisso, em ter experiências acadêmicas e profissionais fora do país. Durante a graduação na UEPB sempre busquei manter minhas notas altas, fazer atividades extra curriculares, fui monitora, participei de PIBIC, projetos de extensão, comissão organizadora de eventos, tudo buscando fortalecer meu currículo para quando fosse tentar ingressar em algum programa de pós-graduação. Até que em 2017 ingressei no mestrado na Universidade de Antuérpia onde estudei na área de ciência política por 1 ano. Após esse período passei por várias experiências no país até conseguir ser contratada por uma multinacional da Holanda onde acabei de ser promovida e atuo na área de comunicação coorporativa humanizada que sempre me interessou”, declarou Larissa.
Ao refletir sobre as lições aprendidas durante a passagem pela UEPB os egressos lembram da importância de aproveitar o conteúdo ministrado não apenas nos componentes curriculares, mas, nos eventos e atividades de pesquisa e extensão para aprender e crescer, fortalecer a rede de contatos a partir dos pesquisadores da área apresentados ao longo do curso e ter iniciativa para buscar construir experiências que possam direcioná-los às metas traçadas.
Para Valter Ângelo o corpo docente, discente e técnico da UEPB, sobretudo o de Relações Internacionais, foi sempre muito inspirador. “Eu tenho muito a agradecer a meus professores, sobretudo meus orientadores. A UEPB me proporcionou a interlocução com profissionais de alto nível e de referência para meu futuro. Para mim foi esse terreno fértil que, apesar das dificuldades, me fez vislumbrar uma carreira fora do Brasil”, avalia.
Sobre o curso de Relações Internacionais
Os profissionais formados em Relações Internacionais pela UEPB estão aptos a trabalhar em instituições públicas, privadas e do terceiro setor, assim como no assessoramento de atividades parlamentares e de partidos políticos que demandem percepções amplas e aprofundadas da realidade internacional e de conhecimentos específicos sobre os processos, mecanismos e práticas inerentes à dinâmica das relações entre os povos e nações.
Além disso, muitos graduados em Relações Internacionais da UEPB têm sido aprovados em cursos de pós-graduação em todo o Brasil, e optam por seguir uma carreira acadêmica, principalmente após a criação da pós-graduação em Relações Internacionais da Instituição.Com professores doutores e de referência a graduação tem desenvolvido projetos de pesquisa e extensão em diversas áreas do conhecimento, atividades que somadas às publicações de caráter científico e eventos com abrangência nacional e internacional têm projetado o curso por todo o país.
Texto: Juliana Marques
Fotos: Divulgação