CCBSA forma novos profissionais de Arquivologia, Ciências Biológicas e Relações Internacionais
“Num país como o Brasil, manter a esperança viva é um ato revolucionário”, a frase de Paulo Freire utilizada no discurso da paraninfa das turmas concluintes do período letivo 2019.2 do Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas (CCBSA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), poderia resumir o sentimento dos que participaram da solenidade. A colação de grau formou profissionais dos bacharelados em Arquivologia, Ciências Biológicas e Relações Internacionais.
A solenidade foi presidida pelo vice-reitor, Flávio Romero Guimarães. Também compuseram a mesa de honra, a Paraninfa Geral das turmas concluintes, professora Rosilene Agapito Llarena; o diretor adjunto do Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas (CCBSA), professor Ênio Wocyli Dantas; o pro-reitor adjunto de graduação, Altamir Souto Dias; o coordenador do Curso de Arquivologia, professor Sânderson Dorneles; o coordenador do Curso de Ciências Biológicas, Cleber Salimon e a coordenadora da graduação em Relações Internacionais, Raquel Melo.
A formanda Ana Carla Oliveira da Silva do curso de Relações Internacionais foi a juramentista. Os estudantes Fellipe Ranniery Sales Ricarte (Arquivologia) Tatiana Barbosa da Silva (Ciências Biológicas) e Camila Raquel de Souza Rique (Relações Internacionais), conduziram a paraninfa.
Em seu discurso o orador, Cléber Ferreira, do curso de Arquivologia, destacou as dificuldades e barreiras enfrentadas por todos ao longo da trajetória acadêmica e enalteceu a importância da academia e do conhecimento científico. “Esta academia enfrentou inúmeras barreiras e mesmo nas divergências e dificuldades triunfa sob desafios. Embora nesses tempos em que o pragmatismo do desvario do temor toma a forma da ignorância vaidosa é importante lembrar que todos nós somos herdeiros de intelectuais que enfrentaram as mais duras intolerâncias. Somos os formadores de opinião e os pesquisadores que desmascaram as ilusões e vícios daqueles que tentam prevalecer se fortalecendo da ignorância e medo dos que ainda não possuem os devidos saberes para a defesa de sua consciência. (…) Sujeitemos os mitos ao seu lugar de segundo plano, retirando deles o delírio virulento e agressivo e os deixando como narrativas de uma memória que nos lembra o que um dia fomos e o que podemos ser caso traiamos o compromisso com a ciência e seu legado”, enfatizou o orador.
Com uma fala que utilizava os ensinamentos de Paulo Freire e as suas lições de vida, a paraninfa Rosilene Agapito, trouxe uma mensagem de fé, esperança e compromisso social. “Nesse momento, se concretizam os sonhos de Francisco Epifânio da Silva (in memoriam) e Neusa Agapito da Silva, meus pais, que, na condição de analfabetos funcionais, me ensinaram, em sua simplicidade, que com fé e esperança podíamos acreditar que vitórias seriam possíveis e que nada tem sentido sem pensemos no outro. (…) Segundo Paulo Freire: ‘Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão’, então quando vocês pensarem o que vocês farão na sociedade agora terão que pensar na responsabilidade social que vão trabalhar em prol do coletivo, a UEPB depositou em vocês sonhos, esperança e fé, exatamente como eu disse no início do discurso, então, que vocês saiam daqui para agir com ética, moral, com responsabilidade, que tenham pensamento crítico-reflexivo, que não deixem a letargia e a falta de informação e de conhecimento tomarem conta dos afazeres de vocês”, aconselhou a paraninfa.
O diretor do CCBSA, professor Ênio Dantas, fez uma breve fala de fé, amor e esperança para a superação de dificuldades que surgirem na vida dos novos profissionais. E o pro-reitor adjunto de graduação, professor Altemir Dias, complementou dizendo que apesar das limitações enfrentadas pela UEPB e pela sociedade o momento de colação de grau é importante para prestar contas ao povo paraibano e superar limites. “Até a próxima sexta, quando realizaremos as últimas solenidades de colação de grau, teremos ultrapassado o número de 20 mil profissionais graduados na UEPB, o que para nós é uma alegria. Então, ao me dirigir aos formandos enfatizo que jamais vocês devem perder a capacidade de, por um lado, se indignarem com as dificuldades, injustiças e falta de horizontes, incertezas quanto ao futuro do país, por outro, não podem deixar de ter esperança”, declarou.
O vice-reitor da UEPB, professor Flávio Romero, afirmou que embora o momento de colação de grau soe como um final, seria apenas o começo de uma nova fase na vida dos formandos. “Nada acabou! Muitos chegaram aqui com sonhos, expectativas e assim caminha a humanidade, nada acaba. Fernando pessoa tem um célebre frase na qual diz ‘Tenho em mim todos os sonhos’, que assim seja com vocês. Todos são capazes de ressignificar sonhos a despeito de todas as dificuldades, a despeito de um mundo de trabalho competitivo, a minha fala é no sentido de estimular para que não haja esse sentimento de que acabou, estamos começando um novo ciclo que deve ser alimentado a partir dos nossos sonhos”, enalteceu.
Após os discursos foram conferidos os graus acadêmicos. Os formandos Yara Maria dos Santos de Andrade (Arquivologia), Rogério Faulha de Gouveia Filho (Ciências Biológicas) e Rina Maria de Jesus Santos (Relações Internacionais), colaram grau representando os demais concluintes. Na oportunidade também foi entregue a “Láurea Acadêmica”, destinada aos estudantes com maior Coeficiente de Rendimento Escolar (CRE) de cada curso, sendo necessária a média mínima de 8,0 para concorrer. Os estudantes José Cabral da Silva Filho, de Arquivologia, e Letícia Gonçalves Carneiro, de Relações Internacionais, foram os agraciados com a homenagem.
Texto: Juliana Marques
Fotos: Paizinha Lemos