Mesa redonda sobre violência urbana marca abertura do 2º Simpósio do Dia do Geógrafo no Campus III

14 de agosto de 2018

Com a mesa redonda Violência urbana: cenários e perspectivas, tiveram início nessa segunda-feira (13), no Auditório do Centro de Humanidades (CH), as atividades acadêmicas referentes ao 2º Simpósio do Dia do Geógrafo. Trata-se de uma iniciativa do Centro Acadêmico de Geografia Milton Santos (CAGEO), em parceria com o Departamento de Geografia do Campus III da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), situado em Guarabira.

O debate foi enriquecido pelas experiências e contribuições dos professores Luiz Artur Pereira Saraiva, Francisco Fábio Dantas da Costa e Leandro Paiva, todos vinculados ao Centro de Humanidades, sendo os dois últimos, respectivamente, coordenador do Curso de Geografia e chefe do Departamento da referida área.

O professor Leandro Paiva parabenizou o CAGEO pelo empenho na organização do evento, frisando que se trata se uma ação de grande importância para o curso. Sobre o tema em discussão, ressaltou que há uma necessidade de se debater a violência urbana pelo viés geográfico, pois, segundo ele, é fundamental que se leve em consideração, nos estudos de tal fenômeno, dados relativos às pessoas envolvidas, bem como ter ciência da realidade onde estão inseridas. “Violência urbana é uma temática da geografia, pois suas causas são obtidas por meio de explicações geográficas”, destacou.

Durante sua explanação, o professor Francisco Fabio discorreu sobre as  inúmeras formas de violência, elencando diversos possíveis condicionantes, relacionados, entre outros, a questões econômicas, políticas, religiosas, familiares e psicológicas. Para o docente, vários estudos demonstram o quanto esses fatores afetam as pessoas de maneira desigual, causando transtornos diferenciados no meio social onde vivem. Outro ponto problemático levantado por ele diz respeito ao processo de migração advinda da relação campo/cidade. “Ao migrarem, as pessoas acabam indo morar nas periferias das cidades, sem instrução e condições adequadas, exercendo, na maioria das vezes, subempregos. Enfrentam, ainda, uma concorrência extremamente desleal. Tudo isso reflete diretamente na questão da violência”, disse Francisco Fábio.

Acerca da temática em foco, o professor Luiz Artur destacou: “A frustração, acarretada por essa aceleração contemporânea, tem gerado muitos reflexos, colocando as pessoas em situações limites, sendo sujeitadas a reflexos negativos. É fundamental que saibamos conhecer e respeitar nossos limites diante dessa imposição da velocidade dos ritmos”.

O simpósio tem como objetivos debater temáticas relacionadas aos diversos campos da Geografia e possibilitar a aquisição de conhecimentos teóricos e práticos por meio das aulas de campo ofertadas, bem como promover a interação entre discentes e docentes. O evento, que é aberto aos estudantes de Geografia e a todos que se interessarem pela proposta, segue até esta quarta-feira (15), com uma programação composta por uma série de mesas redondas, cujos títulos versam sobre importância do PIBID, geografia política, territórios agrários, culturas e identidades, além de outros debates contemporâneos.

 

 

 

Simone Bezerrill/Ascom-CH

Fotos: CAGEO