Mostras “Paraíba Grandes Nomes” e “Cultura, Arte e Vida” são expostas no Câmpus de Monteiro
O Câmpus VI da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Monteiro, está recebendo duas importantes exposições culturais. Tratam-se do projeto “Paraíba Grandes Nomes”, do artista Josafá de Orós, e a mostra “Cultura, Arte e Vida”, da artista Carmita Fonseca. Ambas exposições têm visitação aberta ao público em geral, das 8h às 21h, com entrada gratuita, sendo indicada inclusive para os alunos das escolas de ensino fundamental e médio.
“Paraíba Grandes Nomes: a xilogravura e o cordel apresentando importantes personalidades do Estado”, segundo Josafá de Orós, apresenta a grandiosidade de personalidades como João Pedro Teixeira, por ser este um dos primeiros mártires dos conflitos agrários no Nordeste; Félix Araújo, que sendo soldado raso nos campos da Itália instigava seus pares à vigilância da democracia então ameaçada; o gênio de Celso Furtado, que foi um dos economistas brasileiros mais conceituados do mundo, mas pouco comemorado no seu país e muito menos no seu Estado.
O projeto apresenta, ainda, poetas como Manoel Camilo dos Santos; Ariano Suassuna; o multi-instrumentista Sivuca; Zé da Luz; Antonio Bento, crítico de arte e personagem paraibano na obra Macunaíma de Mário de Andrade; Melo Leitão, fundador da aracnologia na América do Sul; Pinto do Monteiro, um dos maiores vates da viola nordestina; Margarida Maria Alves, expressão de ponta no reclame pela justiça camponesa; Anayde Beiriz, poetisa que influiu sobre a Revolução de 30 na Paraíba; além de expoentes como José Lins do Rego, Zé Américo, Pedro Américo, Augusto dos Anjos, Miguel Guilherme e mais paraibanos, uns com certa evidência, outros habitando na penumbra da frágil memória.
Já a mostra cultural “Arte e vida” faz um passeio sobre a vida e obra da artista monteirense Maria do Carmo Gomes da Fonseca, conhecida como Carmita, que apresenta à comunidade acadêmica uma incursão sobre sua obra, que inclui diversas pinturas com técnicas variadas, além de acervo fotográfico contemplando aspectos da vida pessoal e também do serviço prestado à comunidade monteirense e aos lugares por onde passou.
A exposição é mais uma iniciativa do Núcleo de Arte e Cultura Zabé da Loca e está sendo coordenada pelo professor José Joelson Pimentel de Almeida, com a colaboração da professora Grygena Targino. De acordo com a artista Carmita Fonseca, “proporcionar através da pintura oportunidades aos jovens de desenvolverem seus talentos é o sentido maior deste projeto”.
Com a exposição, Carmita inicia a realização de um projeto em parceria com NAC do Centro de Ciências Humanas e Exatas (CCHE) que prevê oficinas gratuitas de artes plásticas para o público jovem, com o objetivo de desenvolver um trabalho dentro da comunidade local para estimular a atividade artística como fonte de realização pessoal e profissional. Estas atividades estão previstas para acontecer a partir de janeiro do próximo ano.