Vivenciar uma experiência acadêmica internacional, ter contato com outras culturas, trabalhar em um evento num grande centro educacional. Essa é a expectativa dos estudantes Márcia Morais, Raysa Mendes e Renato Xavier, do 6º período da graduação em Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), selecionados entre estudantes do mundo inteiro para trabalhar como juízes da corte na “Inter-American Human Rights Moot Court Competition”, competição de julgamento simulado do sistema interamericano de Direitos Humanos. A 22ª edição da competição será realizada de 21 a 26 de maio de 2017, nas instalações da Washington College of Law – American University, em Washington, D.C.
A Competição de Julgamento Simulado do Sistema Interamericano de Direitos Humanos foi criada como forma de instruir advogados no uso do Sistema Legal Interamericano de Direitos Humanos como um meio legítimo para a reparação de violações aos Direitos Humanos. A competição requer que os estudantes discutam os méritos de um caso hipotético, baseado em um tema atualmente debatido dentro do Sistema Legal Interamericano de Direitos Humanos. Todos os estudantes interessados em fazer parte da disputa devem ser estudantes de Direito ou seu equivalente internacional para participarem como equipe. Em 21 edições do evento foram mais de 3 mil estudantes participantes de mais de 310 universidades e 40 países.
A professora do curso de Relações Internacionais da UEPB, Luíza Rosa de Lima, que já participa do evento como juíza há cinco anos e também realiza o treinamento de novos juízes que irão participar pela primeira vez da competição, foi a responsável por indicar os estudantes da Universidade Estadual da Paraíba para participar do evento após enxergar o potencial e o interesse dos discentes, que estudaram com a docente os componentes curriculares de Direito do curso de Relações Internacionais.
O estudante Renato Xavier destaca que a oportunidade de trabalhar no evento fortalecerá o currículo e proporcionará crescimento pessoal e profissional. “Estaremos na capital dos Estados Unidos, numa época em que a política estará no centro das discussões, trabalhando em um evento com pessoas de todo o mundo, discutindo um tema de relevância na nossa área, então, estamos com uma expectativa grande para essa experiência que será equivalente a um intercâmbio científico e cultural”, avalia.
Para reunir os recursos financeiros necessários para cobrir as despesas de deslocamento e hospedagem, uma vez que ao trabalhar no evento, eles foram contemplados com a isenção da taxa de inscrição e gastos com alimentação, os estudantes estão realizando uma campanha junto aos colegas, professores, familiares. Até o mês de maio a perspectiva dos discentes é que eles tenham arrecadado a quantia suficiente para conseguir trabalhar no evento, divulgar o curso de Relações Internacionais e acrescentar essa experiência no currículo.
Texto: Juliana Marques