UEPB forma profissionais que atuam na defesa de políticas públicas para o bem-estar da sociedade
Confundida com trabalho voluntário, caridade e ofício apenas para o público feminino, a profissão de assistente social sempre foi alvo de falsos estereótipos e preconceitos por parte do senso comum. Mas, a realidade é que esta carreira é bem diferente do que muitos pensam. Regulamentada desde 15 de Maio de 1962, através do Decreto 994 (Lei 3252 de 27 de agosto de 1957), a profissão de assistente social, compreende a categoria com formação superior em Serviço Social e que trabalha diretamente com as questões sociais, buscando garantir direitos e promover o bem-estar social através da execução de políticas públicas a todas as pessoas, principalmente populações que vivem em situação de vulnerabilidade, como indígenas, crianças e adolescentes, refugiados, negros, idosos, LGBT+, mulheres, entre outros.
Fiscalizada pelos Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS), presentes em todos os Estados e no Distrito Federal, a profissão é regida por normas éticas e científicas elaboradas pelo Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) que pautam a conduta da categoria de assistentes sociais em seu exercício no Brasil. Além disso, o Bacharelado em Serviço Social, oficializado no Brasil mediante a Lei nº 1 989/53, com duração, em média, de quatro anos, oferece aos discentes o contato com as teorias e práticas importantes para o futuro campo de atuação profissional.
Com uma tradição importante de mais de 50 anos na história do Serviço Social da Paraíba e do Brasil, o curso ofertado pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), no Câmpus I, oferece uma formação que ressalta a importância da pesquisa e da extensão como forma de ampliar a visão dos estudantes e aguçar o senso crítico. De acordo com Bárbara Figueiredo, atual coordenadora do curso e conselheira do CRESS/PB, em Campina Grande os docentes do Departamento têm um comprometimento coletivo com a classe de assistentes sociais para que esta seja compromissada com a superação e o enfrentamento das desigualdades, o cuidado com o seu público e, sobretudo, com a defesa dos direitos e das políticas sociais.
Somar esforços a essa luta no combate às desigualdades tem sido o objetivo da estudante do 7º período, Nataly Isabelle, que, ao analisar sua trajetória desde que entrou no curso, em 2016, avalia não ser mais a mesma pessoa. A discente, que também integra o Centro Acadêmico de Serviço Social (CASS), um importante coletivo para a articulação ideias e lutas entre os estudantes do curso, reflete que o seu processo formativo foi atravessado pelas experiências adquiridas na inserção em vários espaços da academia, desde núcleos de estudos, pesquisa e extensão, além de monitorias. Para a estudante, todas essas iniciativas trouxeram vivências importantes à sua formação e uma visão crítica para além de determinismos sociais, econômicos ou políticos.
Um relatório da organização da sociedade civil Oxfam Brasil, de 2018, mostrou o país ocupando a 9ª posição no ranking de desigualdade de renda. Atualmente, na pandemia de covid-19, muitas pessoas ficaram desempregadas, houve um aumento da fome, crescendo ainda mais a disparidade social, uma realidade que reafirma a importância do assistente social. Essa conjuntura desvela parte dos inúmeros desafios diários enfrentados pela profissão que, segundo o Conselho Federal de Serviço Social, compreende em torno de 200 mil pessoas, das quais mais de cinco mil estão em atuação na Paraíba.
Para saber mais sobre o curso de Serviço Social na UEPB, bem como a atuação do Conselho Federal de Serviço Social e do Conselho Regional de Serviço Social – 13ª Região Paraíba, acesse os links abaixo.
Projeto Pedagógico do Curso de Serviço Social da UEPB
Conselho Federal de Serviço Social
Conselho Regional de Serviço Social – 13ª Região Paraíba
Texto: Pedro Albuquerque (Estagiário)
Foto: Divulgação CFESS