Simpósio promovido pela UEPB debate o forró e lança edição 2019 do projeto Repórter Junino
“As fronteiras já não existem mais”. Com essa frase, o reitor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), professor Rangel Junior, sintetizou a realização do 1º Simpósio de Forró, promovido pela Instituição, através do Departamento de Jornalismo, nesta segunda-feira (27), na Central de Integração Acadêmica, no Câmpus de Bodocongó, em Campina Grande. O evento promoveu uma ampla discussão sobre um dos principais ritmos nordestinos e lançou a edição 2019 do Repórter Junino, projeto de extensão que envolve alunos de jornalismo na cobertura do Maior São João do Mundo.
A primeira edição do Simpósio de Forró contou com a mesa redonda “Eu só quero um forró”, que teve a participação da secretária de Desenvolvimento Social e Econômico da Prefeitura de Campina Grande, Rosália Lucas; do professor e escritor Jurani Clementino, autor do livro “Forró no Sítio”; do cantor, compositor e reitor da UEPB, Rangel Junior; e contou com a mediação do professor Rostand Melo. Na ocasião, foi discutida a representatividade do forró e a importância da valorização cultural.
Também foi realizada uma videoconferência com o cineasta Fred Alves e com o dançarino e coreógrafo Carlos Frevo, que discutiram as potencialidades do forró e toda a sua força cultural. Foi através do baião de Luiz Gonzaga, da alegria de Jackson do Pandeiro e toda a majestade de Marinês que o forró se popularizou no exterior e ganhou espaço na Alemanha. “Em Berlim, tem forró a noite inteira todos os dias. São 200 pessoas ou até mais que se encontram para dançar forró, seja com música ao vivo ou playback”, disse Carlos Frevo.
O evento ainda discutiu sobre a programação do Parque do Povo, uma vez que mais de 1.300 artistas tocam o bom e velho forró durante os 30 dias de festa. Rosália Lucas, secretária de Desenvolvimento, contou que, este ano, visando a acessibilidade e, principalmente, o conhecimento da cultura popular, a organização do Maior São João do Mundo decidiu abrir os portões do PP ao meio dia nos fins de semana para que crianças e idosos possam curtir um bom forró.
Dentro da programação, o evento contou com oficinas de dança, como sapateado, e a oficina “Audiovisual: o ritmo do forró”, que teve como objetivo capacitar os interessados em aprender sobre edição de vídeo. Encerrando a primeira edição do evento, à noite, foi exibido pela primeira vez o filme Estradar – Mestre Jenaro & Fabiano Santana, do cineata Fred Alves que, pela teleconferência, debateu sobre a experiência de filmar um longa-metragem da cultura brasileira na Europa.
A mesa redonda “O forró daqui é melhor do que o teu” foi composta pela professora e coordenadora do projeto Gente Nossa, Goretti Sampaio; pelo ator e teatrólogo Saulo Queiroz; pelo diretor de jornalismo da TV Borborema, Bastos Farias; e mediada pelo professor Arão Azevedo, que debateram sobre a influência da mídia sob o forró. O encerramento do simpósio foi no estilo do São João, com muita música e forró.
Texto: Luanna Albéria (Estagiária)
Fotos: Paizinha Lemos
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