Congresso de Direito promovido pela UEPB discute sustentabilidade, integração e modernidade

19 de junho de 2012

O Direito não se basta. Não adianta alguém conhecer o Direito e desenvolver somente estudos jurídicos. É a partir dessa concepção que a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), através do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), está realizando, até esta sexta-feira (1), o 1º Congresso Brasileiro de Direito e Desenvolvimento. Nesta sua primeira edição, o evento busca aprofundar discussões relacionadas às áreas de Sustentabilidade, Integração e Modernidade, a partir dos novos paradigmas do Direito.

Para a conferência de abertura foi convidado o jurista Luís Flávio Gomes, fundador da Rede LFG. Em sua palestra, ministrada no auditório do Garden Hotel, na noite desta quarta-feira (30), ele reforçou a necessidade e o dever de saber e conhecer cada vez mais, caso queiramos chegar ao sucesso.

“Não dá pra ser notável com menos de 10 mil horas de estudo. É impossível, é uma questão natural. Nosso cérebro não é computador, nós assimilamos o conhecimento paulatinamente, devagar, mas esse devagar faz toda diferença no nosso conhecimento. Nenhum profissional histórico como Ayrton Senna, Mozart, Tiger Woods, chegou aonde chegou com menos de 10 mil horas de treinamento. Não existe sucesso total com menos que isso”, discursou ele.

O diretor do Centro de Ciências Jurídicas da UEPB, professor Cláudio Lucena, explicou que todo estudo jurídico que apresenta a necessidade de dar uma resposta à sociedade ou responder um problema prático, tem integração com alguma outra área do desenvolvimento humano. Sobre a transversalidade do tema do evento, ele revelou que “temos, há algum tempo, a compreensão que o Direito isolado não adianta e os nossos alunos, vindos de outras formações, vem concretizando esse entendimento”.

1º Congresso Brasileiro de Direito e DesenvolvimentoRepresentando a reitora da UEPB, professora Marlene Alves, o pró-reitor de Planejamento, professor Rangel Junior, destacou que o evento se torna importante devido à diversidade do tema. Outro ponto citado por Rangel se refere à possibilidade de tratar um tema transversal ao Direito, saindo um pouco da linha tradicional da área com os temas mais restritos.

“O apoio da Universidade para a realização do evento permite o surgimento de alternativas de formação complementar, como também contribui enormemente para a ampliação da formação do estudante, complementando o conhecimento através da realização de um intercâmbio de saberes. Algo que seria inviável numa sala de aula”, ressaltou o pró-reitor.


Selo de qualidade

1º Congresso Brasileiro de Direito e DesenvolvimentoAinda na noite de abertura do 1º Congresso Brasileiro de Direito e Desenvolvimento foi entregue, pelo pró-reitor de Planejamento ao diretor do CCJ, o Selo de Qualidade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), honraria conferida aos cursos de Direito de destacada qualidade no país, dentro de critérios objetivos aplicados pela Comissão Especial da entidade para sua elaboração.

Segundo Rangel Junior, apesar do posicionamento reticente da Universidade com relação a esses processos de ranqueamento e de premiação, de algum modo eles dão certa visibilidade aquilo que é feito nas instituições. “E o resultado dessa atividade mostra isso. O selo de qualidade, a quantidade de aprovados na prova da OAB recentemente, tudo isso revela que estamos no caminho certo, que a Universidade vem investindo corretamente na qualidade dos professores, na carreira dos docentes, na biblioteca, entre outros setores”, frisou.