Câmpus de Catolé do Rocha forma novos 54 profissionais nas áreas de Letras e Ciências Agrárias
A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), através do Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA), localizado no Câmpus IV, em Catolé do Rocha, formou novos 54 profissionais das áreas de Letras e Agrárias, neste sábado (12), em solenidade de Colação de Grau das turmas 2016.1, realizada no Auditório do CCHA, em um clima de emoção, júbilo e realizações. Diante de professores, amigos e familiares que foram prestigiar o momento singular e inesquecível, colaram o grau acadêmico e já estão aptos a enfrentar o mercado de trabalho, 42 formandos do curso de Licenciatura em Letrase 12 formandos do curso de Ciências Agrárias.
Após chegarem ao término de uma longa travessia que durou quatro anos, os formandos entraram solenemente acompanhados dos padrinhos para receberem o título de curso superior. Os professores, que ajudaram na formação profissional, também fizeram o mesmo percurso e, com orgulho indisfarçável, assistiram o ato final de coroamento da vida de cada aluno.
Em retorno às lições dos mestres, os estudantes prometeram trabalhar por um mundo melhor e fraterno, sob a égide da justiça, sempre reverenciado os conhecimentos adquiridos na UEPB. O juramento em nome das turmas foi feito pela formanda Gisele Lopes dos Santos, do curso de Ciências Agrárias. Em seguida, foi a vez do Orador Oficial, o graduando Danilo Almeida Pinheiro, do curso de Letras, expressar os sentimentos e pensamentos dos formandos.
Em seu discurso, carregado de emoções, Danilo falou de sonhos, lutas, desafios e vitórias. Fez um agradecimento especial aos familiares, professores e a Deus. Ao se dirigir aos colegas de turma, antes alunos e agora profissionais, ele disse que na vida estamos sempre em uma busca permanente. Na UEPB, buscaram conhecimento, mas a fonte não se esgotou e ainda terão novos desafios a trilhar. O orador também falou de lembranças e expectativas para o futuro e disse que a missão de todos agora é repassar os conhecimentos em favor da sociedade. “Na UEPB, achamos várias respostas do que procurávamos. Somos gratos s e vamos continuar sendo”, destacou.
Grande homenageado da turma, o professor do CCHA, Jairo Bezerra da Silva, fez um longo discurso recheado de conselhos, agradecimentos, metáforas e poesias. Ele agradeceu aos formandos pela escolha do seu nome como Paraninfo Geral e ressaltou que receber um diploma de curso superior é gratificante como conclusão de uma travessia vitoriosa. No entanto, observou que a aurora da incerteza em relação ao futuro deixa inquietos os novos profissionais. O homenageado ressaltou que os formandos, a partir de agora, terão um papel preponderante na transformação do país. Para ele, as incertezas do momento não devem sepultar o desejo de lutar e resistir a tudo que tenta sufocar os sonhos.
Voltando no tempo e na recente história dos formandos, ele lembrou que há quatro anos os estudantes entraram na escola do Cajueiro cheios de sonhos, expectativas e esperanças. Agora, devidamente preparados, saem com o diploma para enfrentar o mercado de trabalho mesmo nas searas das incertezas. “O Cajueiro que acolheu agora lança os profissionais para novos desafios e sonhos. Vocês vão, mas as marcas do Cajueiro seguem indeléveis”, concluiu.
Presidente da solenidade, o professor Eli Brandão disse que o momento de conclusão de um ciclo era de reflexão e renovação de uma história. Mesmo sendo rotineiro a cada semestre, o ato não se repete, pois a cada turma novos sonhos e desejos de mudança afloram e os desafios também são outros. O pró-reitor ressaltou que este ano, especialmente, a solenidade se reveste de outro significado porque aconteceu dentro do encerramento do Jubileu de Ouro da UEPB. Entrando na história, o professor ressaltou que há 50 anos a UEPB cumpre o seu papel e missão de formar cidadãos para colaborar com o processo de desenvolvimento da Paraíba. “Há 50 anos essa Universidade compartilha conhecimento e contribui para capacitar profissionais e cidadãos em diversas gerações, raças e culturas do Brasil e do mundo”, disse. Segundo ele, a missão da UEPB é apostar na grande transformação do país, através da educação.
Ao alertar sobre mais uma nuvem nebulosa que se forma, o professor Eli também manifestou sua preocupação com a crise política e econômica que ameaça o futuro da universidade pública brasileira. Ele disse que o contexto atual é de incertezas no cenário que se desenha no país, com o contingenciamento recursos, onde está em jogo o ensino superior gratuito e de qualidade. Ele ressaltou que o modelo que se apresenta tende a levar para privatização do ensino público e conclamou todos a resistirem e se mobilizarem em defesa do ensino gratuito e de qualidade, bem como da democracia.
Eli também reconheceu e valorizou os professores e disse que, apesar de tudo, muitos resistem e continuam comprometidos com uma educação de qualidade. Ele encerrou o seu discurso ressaltando que no século da comunicação, das mudança e dos intentos científicos e tecnológicos, os novos profissionais devem usar dos conhecimentos para resistir e apostar que é possível mudar o mundo.
O diretor do Câmpus, professor Edivan Silva Nunes Junior, reafirmou que a cerimônia de colação de grau consiste em uma vitória de todos. Ele disse que mais uma vez o CCHA cumpre o seu papel e coloca no mercado de trabalho profissionais capacitados para enfrentar os novos desafios e contribuir para o desenvolvimento da Paraíba.
A solenidade foi concluída com a conferência do Grau Acadêmico. A concluinte Joelma Maria de Sousa recebeu o grau em nome da turma de Ciências Agrárias, conferido pelo professor Evandro Franklin Mesquita, coordenador do curso. A concluinte Hiane Gomes de Aguiar, do curso de Letras, recebeu o grau acadêmico em nome da turma, conferido pelo professor Edvan da Silva Nunes.
Texto: Severino Lopes
Fotos: Paizinha Lemos