Câmpus da Universidade Estadual em Catolé do Rocha terá banco de germoplasma para cultura do cajueiro

13 de dezembro de 2016

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A Paraíba poderá se tornar um dos maiores estados produtores de Caju da Região Nordeste. Para isso, o Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA), no Câmpus IV da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), localizado em Catolé do Rocha, pretende montar já no começo de 2017 um jardim clonal da cultura do caju, e o jardim de semente para a produção de mudas de cajueiro.

O projeto, também conhecido como banco de germoplasma da cultura do caju, será implantado no Câmpus IV graças a uma parceria que a UEPB firmará com Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Os termos da parceria começaram a ser estabelecidos na última sexta-feira (8) durante encontro do diretor do Centro, professor Edivan Silva Nunes Júnior, com a direção da Embrapa Agroindústria Tropical, sediada em Fortaleza.

Participaram dessa reunião, além de Edivan, representando a UEPB, a diretora adjunta da Escola Agrotécnica do Cajueiro, Maria do Socorro Caldas Pinto; a professora Eliane Rech, responsável pelo setor de fruticultura do Câmpus. Por parte da Embrapa, estavam presentes o chefe adjunto de pesquisa e desenvolvimento da Empresa, Gustavo Adolfo; o chefe adjunto de transferência de tecnologia, Marlos Alves Bezerra; além dos pesquisadores Rubens Bonfim e Levi Barros.

O professor Edivan explicou que a ideia é criar um viveiro de mudas para difundir a cultura do caju para todo o Estado. No jardim clonal serão feitas experiências usando tecnologia da Embrapa, com o objetivo de melhorar a qualidade dos frutos nos pomares comerciais. Para isso, os professores e estudantes do CCHA poderão realizar cruzamentos para novas clonagens tipo o CCP 76 e o Clone 51, melhorando a qualidade das variedades. “Vamos criar um viveiro para produção e distribuição da cultura do caju”, disse o professor.

A direção do Câmpus IV já está tomando todas as providências para favorecer a montagem do jardim clonal. Características do solo, topografia da área e disponibilidade de água são alguns fatores que devem ser observados na escolha da área para a implantação do espaço. Clone é definido como um grupo de plantas com as mesmas características genéticas, originado por multiplicação assexuada de um mesmo genótipo. Teoricamente, as plantas obtidas de um clone são iguais entre si, desde o potencial de sobrevivência até a capacidade produtiva.

As diferenças existentes são apenas as causadas pelo ambiente. Jardins clonais são pomares formados com plantas de um ou vários grupos de clones, com a finalidade de produzir material propagativo para formação de mudas de qualidade, por métodos convencionais e não convencionais de propagação, para a implantação de pomares e viveiros comerciais.

Texto: Severino Lopes