Projeto de Extensão da Escola Agrotécnica do Cajueiro Propaga Cactáceas Ornamentais por via clonal

12 de dezembro de 2017

Coordenado pela professora Kelina Bernardo Silva e a aluna bolsista Viviane Fernandes de Oliveira, o projeto “Produção Clonal de Cactos no Viveiro Florestal do Câmpus IV- Ano II” vem sendo desenvolvido na Escola Agrotécnica do Cajueiro, localizada no município de Catolé do Rocha-PB, com o objetivo de propagar cactáceas ornamentais nativas, com intuito de obter plantas idênticas a matriz.

De acordo com a profa. Kelina Silva “os cactos são plantas xerófilas que necessitam de pouca água e para seu cultivo deve-se ter cuidado com algumas pragas que podem vir a afetar a atividade, como cochonilhas, Ácaro vermelho, caracóis e lesmas”.

O estudo de espécies xerófilas é de grande importância, considerando que estes vegetais formam um grande grupo de espécies, ocupando uma considerável área geográfica do planeta com plantas de interesse ecológico e econômico. No Brasil, as xerófilas correspondem a mais de 70% da área do Nordeste e 13,5% da superfície total do país.

O projeto está no segundo ano de execução e segundo a aluna extensionista Viviane Oliveira “o projeto tem contribuído bastante com o aprendizado sobre as espécies xerófilas e a importância de propagar as espécies nativas para conservação e preservação do Bioma Caatinga, visto que o desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para agropecuária na região, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo”.

A professora Kelina, que é Engenheira Agrônoma, conta que a ideia surgiu da necessidade de envolver os estudantes em um projeto que gerasse conhecimento sobre a importância das espécies xerófilas e que os mesmos valorizassem o Bioma Caatinga, no qual estão inseridos.

Conforme a professora Kelina, “a Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro e, atualmente é reconhecido como um dos biomas mais ricos em biodiversidade do Brasil. Portanto, para proteger a nossa rica e pouquíssimo estuda Caatinga, se faz necessário preservar essa rica biodiversidade vegetal que apresenta características únicas de sobrevivência ao clima da região”

O diretor do Câmpus IV, professor Edivan Silva Nunes Júnior, elogiou a iniciativa e disse que, além de ser uma atividade de grande relevância para o meio ambiente, o projeto ainda possibilita aos estudantes ampliarem seus conhecimentos na área de produção vegetal.