Universidade Estadual da Paraíba inaugura nova estrutura do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Berço do saber da saúde em Campina Grande e, praticamente, nascedouro da Instituição, o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) recebeu oficialmente sua nova estrutura, após quase três anos de uma ampla, moderna e arrojada reforma em suas instalações físicas. Criado em 1973, mas só inaugurado em maio de 1976, ainda sob o signo de Universidade Regional do Nordeste (URNe), o prédio do CCBS foi totalmente reformado.
Aguardada com muita expectativa, a inauguração da nova estrutura do prédio do CCBS aconteceu na manhã desta sexta-feira (7), dentro da programação do 5º Seminário Acadêmico e do 5º Encontro de Clínicas e Laboratórios. A solenidade contou com a presença do reitor Rangel Junior; da diretora do CCBS, Alessandra Teixeira; do diretor adjunto, José Pereira Nascimento; do diretor do Núcleo de Tecnologias e Estratégias em Saúde (Nutes), Misael Morais; do deputado federal Efraim Filho; da professora Francilene Procópio Garcia, que representou o governo do Estado; pró-reitores, professores, técnicos e estudantes da Instituição, além do professor aposentado Antônio Silva da Silveira, primeiro diretor do CCBS e que foi homenageado na ocasião.
O reitor Rangel Junior ressaltou que a reforma não foi apenas uma “maquiagem”, mas um amplo projeto que modificou totalmente a estrutura do prédio e atualizou a edificação, tanto do ponto de vista visual, como também no que se refere a organização de toda estrutura que envolve conforto ambiental e a melhoria das condições de trabalho. “Certamente, daqui por diante as condições de trabalho serão melhores para todos os cursos que funcionam no CCBS, além dos laboratórios e do PSF que vai começar a funcionar na Clínica de Enfermagem. Para nós, é motivo de muita alegria, dentro de um momento de tantas dificuldades, conseguir algumas pequenas conquistas, mas que têm uma representação muito grande”, comemorou.
Rangel lembrou que o conforto ambiental, a acústica e a ambientação, com salas climatizadas, são aspectos fundamentais para melhorarias no desempenho do aprendizado dos alunos. O reitor destacou que o CCBS foi o primeiro conjunto de edificação do Câmpus de Bodocongó e que, ao longo de 43 anos, nunca havia recebido uma grande reforma capaz de mexer na estrutura e modernizar o prédio como um todo. Ele ressaltou que antes de vir para Bodocongó, a Universidade era constituída de um conjunto de prédios espalhados pela cidade, sendo que a edificação do complexo do CCBS foi uma espécie de pedra fundamental da UEPB, visto que a partir dele a Instituição se expandiu e hoje está presente em oito cidades paraibanas.
A diretora do CCBS, professora Alessandra Teixeira, disse que estava realizando um sonho. “É um momento de alegria e expectativa. Para mim, enquanto diretora do CCBS, que sou egressa dessa Universidade, é um momento especial, de muita emoção. Fiz parte desses laboratórios enquanto aluna do Curso de Farmácia. Hoje, como professora que sou e diretora que estou, é um momento marcante”, afirmou. Ela ressaltou que o prédio precisava de uma reforma como essa para acomodar toda estrutura dos laboratórios, onde acontecem exames, experimentos e projetos de pesquisa e extensão.
Responsável por articular o convênio com o Mistério da Saúde que possibilitou o financiamento da obra, professor Misael Morais ressaltou que a UEPB praticamente nasceu no CCBS, que já precisava de uma reforma como foi feita, graças ao empenho do reitor Rangel Junior. Ele lembrou que projeto foi elaborado inicialmente para o Nutes, mas devido à necessidade do Centro foi expandido para todo o complexo. O Nutes está há 10 anos funcionando dentro do CCBS, fabricando produtos com alta tecnologia, vendidos para importantes centros do Brasil. Misael observou que o uso da tecnologia na saúde ajuda a reduzir custos e salvar vidas.
Primeiro diretor do CCBS e autor do livro “Um sonho que se tornou realidade”, o professor Antônio Silva da Silveira estava visivelmente emocionado na inauguração. Há exatos 43 anos, ele participou do descerramento da placa e do desenlace da fita inaugural do Centro, gesto que se repetiu neste 7 de junho de 2019, agora para marcar a reabertura do prédio. “Para mim é motivo de orgulho ver como o CCBS cresceu e quantos serviços relevantes presta a comunidade”, salientou.
O descerramento da placa inaugural foi feito pelo reitor Rangel Junior, pela diretora Alessandra Teixeira, pelo diretor adjunto José Pereira, pelo professor Antônio Silveira e pelo deputado federal Efraim Filho. Após a solenidade, a comunidade foi convidada a conhecer as novas e modernas instalações do prédio. A reforma no CCBS, iniciada em junho de 2016, sob a responsabilidade dos engenheiros da Pró-Reitoria de Infraestrutura (PROINFRA), Anderson Rodrigues e Renata Travassos, foi arrojada. O prédio passou por melhorias em toda a sua estrutura física, hidráulica e elétrica, e ganhou novas instalações, tanto no bloco do Centro, como nos laboratórios, fachada, área de acesso e central de iluminação.
Os laboratórios de todos os cursos foram remodelados. Todas as salas foram equipadas com sistema de ar-condicionado e data show. Os recursos, na ordem de quase R$ 2 milhões, foram oriundos do Ministério da Saúde, graças a um projeto elaborado pelo Núcleo de Tecnologias e Estratégias em Saúde, que propiciou um convênio da Instituição com o governo federal. A edificação está localizada em uma área geográfica de quase seis mil metros quadrados dos quais, mil são destinadas para ao Nutes.
Construído no Câmpus de Bodocongó, o CCBS nasceu em 1973 com os departamentos de Odontologia, Ciências Biológicas e Farmácia Bioquímica. Depois se expandiu, passando a abrigar os cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Educação Física e Psicologia. O terreno para a construção do prédio foi doado pelo então prefeito Evaldo Cruz, em 1974, e a conclusão se deu dois anos depois.
Além dos sete departamentos e nove cursos, o Centro abriga ainda quatro Clínicas Escolas, vários laboratórios, incluindo o Laboratório de Análise Clínicas (LAC), Farmácia Escola, Academia Escola, o Nutes, o Complexo de Pesquisa Três Marias, e cinco programas de Pós-Graduação. Em média, são realizados via Sistema Único de Saúde (SUS), três mil exames por mês, sendo que o atendimento mensal a população nas Clínicas Escolas ultrapassa os dois mil procedimentos.
Texto: Severino Lopes
Fotos: Paizinha Lemos
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