UEPB se integra a campanha Outubro Rosa na difusão de informações sobre diagnóstico precoce do câncer de mama
Integrada a campanha “Outubro Rosa”, voltada para conscientizar a população sobre a importância dos cuidados para prevenção do câncer de mama, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) está engajada na difusão de informações que auxiliem as mulheres nos cuidados com a saúde.
O câncer de mama é a causa mais frequente de morte por câncer na mulher, embora existam meios de detecção precoce que apresentam boa eficiência, como o exame clínico e o autoexame, a mamografia e a ultrassonografia. Na Clínica de Enfermagem da UEPB, que atua na atenção primária em saúde, as mulheres assistidas pelas ações recebem atendimento clínico gratuito e são orientadas sobre como fazer corretamente o autoexame na mama.
A equipe multidisciplinar que atua no setor analisa todos os aspectos da saúde da mulher. Além do exame clínico, também são realizados exames de sangue, através do Laboratório de Análises Clínicas (LAC) da UEPB, e em casos de ser percebida alguma anomalia que indique a suspeita de incidência da doença, a paciente é encaminhada para atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), através do qual exames mais amplos, como a ultrassonografia e a mamografia, são feitos.
Composta por enfermeiros doutores, médica, nutricionista e técnicos de Enfermagem, a equipe avalia todo o histórico das pacientes, observando principalmente se elas possuem algum fator de risco que aumente a probabilidade de desenvolver a doença. A equipe ressalta que estar bem informada sobre a doença é essencial para a cura. Por isso, na Clínica de Enfermagem são dadas todas as orientações necessárias, focando na prevenção e mostrando que cuidados simples podem fazer toda a diferença, salvando vidas, porque mesmo que não se possa evitar que a doença surja é possível diagnosticá-la no início. E quanto mais cedo se descobre o problema, maiores são as chances de cura.
Normalmente, o câncer de mama não apresenta sintomas no início. A partir do momento que começa a ser palpável, pode estar associado a um caroço (nódulo) na mama. Também pode ser representado por áreas de abaulamentos ou retrações de pele, manchas ou alterações na pele da mama e estar ligado com saída de líquido do bico da mama. Nos casos de câncer, geralmente estes líquidos são sanguinolentos.
Dicas:
– Faça o autoexame uma vez por mês;
– A melhor época é logo após a menstruação;
– Para as mulheres que não menstruam mais, o autoexame deve ser feito em um mesmo dia de cada mês, como por exemplo, todo dia 10;
– Observe se com o movimento dos braços aparecem alterações de contorno e de superfície das mamas;
– Deitada, apalpe a mama esquerda com a mão direita e vice-versa;
– Com movimentos circulares suaves vá pressionando levemente a mama com as pontas dos dedos.
– Aperte os mamilos para observar se há saída de secreção;
– Caso verifique alguma anomalia na mama, a primeira atitude deve ser procurar o médico para realizar os exames específicos que irão garantir o diagnóstico exato;
– E lembre-se: a partir dos 40 anos a mamografia deve ser feita regularmente, pelo menos uma vez ao ano.
Saiba mais:
- Ao contrário do que muitos pensam, a dor mamária é um sintoma comum das mulheres, mas raramente está associada ao câncer de mama. A dor das mamas geralmente possui causas ligadas a alterações hormonais ou emocionais.
- A prevenção do câncer de mama pode ser dividida em três partes: prevenção primária (tudo aquilo que pode ser feito para evitar a ocorrência do câncer), prevenção secundária (diagnóstico precoce e prevenção da recidiva) e prevenção terciária (medidas para minimizar o impacto da doença já estabelecida, na qualidade de vida das pessoas).
- O câncer de mama é em parte decorrente de uma série de fatores de risco: idade avançada; predisposição genética hereditária; histórico familiar; menarca precoce; menopausa tardia; radioterapia prévia na região do tórax; mamas densas; obesidade;sedentarismo; alcoolismo; tabagismo e terapia de reposição hormonal (após a menopausa).
- Os estágios do câncer de mama são formas que os médicos utilizam para identificar o momento da doença do paciente. No caso do câncer de mama são divididos em cinco tipos:
– Estágio 0: quando a doença esta restrita ao local onde começou (carcinomas in situ)
– Estágio 1: a doença invadiu a região local, mas possui no máximo 2 cm de tamanho (carcinomas invasivos = tem chance de mandar células para outras partes do corpo)
– Estágio 2: a doença invadiu a região local, mas possui entre 2 e 5 cm de tamanho e ínguas pouco comprometidas na axila (carcinomas invasivos)
– Estágio 3: a doença invadiu a região local, mas possui tamanho maior que 5 cm ou ínguas muito comprometidas na axila (carcinomas invasivos)
– Estágio 4: quando a doença invadiu outras partes do corpo como ossos, pulmões, fígado, entre outros
Texto: Tatiana Brandão