Seminário discute ética e cidadania nas interfaces entre a Educação e a Psicologia na atualidade brasileira
O Departamento de Psicologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) reuniu nesta quarta-feira (29), no Câmpus I de Campina Grande, dezenas de estudantes de graduação, pós-graduação e profissionais da área, em torno do 2º Seminário Prática Pedagógica e Psicologia em Discussão (PSIPED), que neste ano abordou a temática “Ética e Cidadania: interfaces entre a Educação e a Psicologia na atualidade brasileira”.
O tema foi desenvolvido na palestra de abertura, ministrada pela professora Ana Cristina Rabelo Loureiro, que contextualizou a ética ao longo da história, fez referência aos teóricos cujos pensamentos mais se destacaram e tratou de temas como individualização e cidadania, citando exemplos de países com níveis diferenciados de Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). A palestra foi mediada pela professora Joana D’Arc Pereira.
Ao longo da manhã, foram ofertados minicursos que dinamizaram a participação dos inscritos com temas que mesclavam Psicologia e Educação. No auditório foi ministrado o minicurso “De quem é a responsabilidade: a queixa escolar sob a perspectiva da abordagem histórico-cultural”. Envolvendo as políticas públicas de educação no Brasil, foi ministrado o tema “Perspectivas e desafios do psicólogo que está inserido nesta dinâmica”, no qual foram expostos seus aspectos, como são formadas, para que servem as PP que visam melhorar o ambiente escolar e as relações entre os profissionais e os alunos.
Já o minicurso “Saúde mental em profissionais da educação” trouxe à tona a discussão sobre como acontece o processo do adoecimento mental, as dificuldades em ensinar e a violência dentro das escolas, fatores que geram o adoecimento psíquico em muitos profissionais, que acabam necessitando de ajuda e cura para melhorar o contexto escolar como um todo.
A educação infantil e suas dificuldades foram abordadas no minicurso “Aspectos psicológicos da aprendizagem, principais transtornos e possíveis manejos de atuação”, os quais se podem ser exemplificados atualmente pelo déficit de atenção, hiperatividade, dislexia (dificuldade com a linguagem escrita) e discalculia (dificuldade com números e algarismos). “Também ressaltamos que as dificuldades escolares não se resumem apenas aos transtornos, elas vão além, envolvem condições de saúde, estrutura de sala de aula, de materiais e condições socioeconômicas de cada região”, acrescentou Caio Eduardo Farias, um dos mediadores.
Por fim, o minicurso “De Frankl à Freire, para educar com sentido” apresentou estudos que envolvem os pensamentos de Viktor Frankl, fundador da logoterapia, e Paulo Freire, que fez história no Brasil também com sua pedagogia da autonomia. O trabalho propôs ligações entre os dois autores, suas semelhanças e diferenças, e como elas podem ser aplicadas no campo da educação.
O evento foi coordenado pela professora Fabíola Gonçalves e seguiu ao longo de todo o dia com exposição de trabalhos na modalidade pôster, no Hall do Departamento de Psicologia, e sessões de Comunicação Oral nas salas de aula.
Texto e fotos: Giuliana Rodrigues
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