Oficina de Remédios da UEPB produz sabonete à base de plantas medicinais e faz campanha de higienização
Conhecida como uma das mais efetivas medidas no controle de infecções e diminuição dos riscos de transmissão de doenças, a higienização das mãos vem sendo especialmente incentivada pelos integrantes da Oficina de Remédios da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande. Isso se deve à produção e distribuição de um sabonete líquido com ação de plantas medicinais como o barbatimão, alecrim e cajueiro, conhecidas por seus princípios antimicrobianos.
A atividade, que teve origem há quase oito anos no Centro de Informações de Medicamentos (CIM) da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), mantém-se há dois anos com exclusividade na UEPB, vinculado ao Laboratório de Fitoterapia do Departamento de Farmácia e sob a coordenação da professora Rossana Miranda. Atualmente, cerca de 20 alunos estão diretamente envolvidos com o programa, sendo sete deles especificamente na produção.
Além do sabonete líquido, a Oficina de Remédios produz álcool em gel, óleo à base de camomila para massagem fisioterapêutica, óleo essencial de lavanda e enxaguante bucal, que vem sendo prescrito na Clínica de Odontologia. A distribuição dos produtos costuma ser feita diretamente nos setores interessados, através de solicitação à Farmácia Escola, que busca atender às demandas das clínicas, de alguns setores do Prédio da Administração Central, da Universidade Aberta à Maturidade (UAMA) e, mais recentemente, dos eventos acadêmicos da UEPB, onde os sabonetes são distribuídos junto com um panfleto informativo sobre seu uso apropriado.
A professora Rossana frisa que a fabricação dos produtos tem a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e eles não podem ser vendidos, apenas distribuídos gratuitamente. Sobre a participação dos estudantes de graduação no processo produtivo, os alunos de Farmácia podem começar a se envolver com o programa desde o início do curso, seguindo até os períodos mais avançados. “Eles podem iniciar como voluntários e depois se integrarem à produção de medicamentos”, explica a professora.
Um exemplo é o estudante Rommel Cirne Eloy Filho, aluno do 6o período de Farmácia e que faz parte da Oficina de Remédios desde 2016. Para ele, programas de extensão como este são uma forma de incentivar o aluno a interagir com a sociedade e levar para ela um pouco do que é aprendido em sala de aula. “Esta é uma oportunidade de entender o universo profissional e a produção de medicamentos, ultrapassando os limites dos estágios convencionais, porque aqui temos mais tempo, disponibilidade e acesso ao sistema de produção da Farmácia Escola”, enfatiza.
“Esse projeto foi muito importante até para nortear a produção da Farmácia Escola, pois de início tínhamos objetivos que – por falta de recursos e pela necessidade de insumos e técnicos mais qualificados – precisaram ser reprogramados. Hoje, com mais experiência, alcançamos o êxito através da segurança, qualidade e eficácia dos produtos, o que também alavancou o nosso setor”, reflete Rossana, ressaltando o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), da participação efetiva dos alunos dos diversos cursos envolvidos e da Reitoria da UEPB.
Texto e fotos: Giuliana Rodrigues
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