Núcleo da UEPB discute ações de combate às drogas em Fórum de Controle da Dependência Química
Os dados ainda são preocupantes. Na Paraíba, mais de 400 mil pessoas, o que representa 11,5% da população, são fumantes. Quando se trata de dependência química, os números são mais assustadores. No ano passado, mais de 20 mil pessoas utilizaram a rede de serviço público de saúde no Estado para se tratar do uso indevido de algum tipo de substância química.
Como forma de intervir nessa realidade e fornecer novos mecanismos de educação para o enfrentamento dessa problemática, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), através do Núcleo de Educação e Atenção à Saúde (NEAS) e do Programa de Educação e Prevenção ao uso de Álcool, Tabaco e outras Drogas (PEPAD), está realizando a 3ª edição do Fórum de Controle da Dependência Química da cidade de Campina Grande.
O evento foi aberto na manhã desta terça-feira (7), no Auditório do Departamento de Psicologia, Câmpus de Bodocongó, pela professora e coordenadora do NEAS, Clésia Pachú, com a presença do pró-reitor de Extensão da UEPB, professor José Pereira; da representante da Secretaria de Saúde do Estado, Terezinha de Jesus Paiva Gomes Pessoa; e do coordenador dos Narcóticos Anônimos, Emerson Sipriano.
Até quinta-feira (9), a problemática da dependência química será debatida no Fórum, através de quatro palestras educativas, três mesas redondas e quatro oficinas. Ao abrir o Fórum, a professora Clésia Pachú destacou o esforço e o empenho da UEPB em atuar no controle e combate a dependência química como parte de sua missão e compromisso social. Ela enfatizou que todos devem se sentir protagonistas dessa cruzada contra um dos males que mais afeta a população e que gera consequências drásticas na vida das pessoas.
Um dos desafios do Fórum é formar e capacitar os futuros profissionais da área de Saúde para atuar nas escolas, fornecendo informações educativas sobre o controle e combate da dependência química, além de fortalecer as associações e entidades que trabalham com a temática. Incentivador do Fórum, o pró-reitor de Extensão da UEPB, professor José Pereira, ressaltou a importância do evento e das ações desenvolvidas pelo NEAS. Ele observou que em 2014 a Reitoria baixou uma Portaria tornando as áreas livres do fumo no âmbito da Universidade. José Pereira reafirmou o compromisso da Instituição em continuar incentivado o Núcleo a viabilizar a implantação de novas ações que favoreçam a discussão em torno de políticas públicas eficientes de enfrentamento às drogas.
A palestra de abertura com o tema “Política sobre drogas e sua efetividade na Paraíba” foi ministrada pela representante da Secretaria de Saúde do Estado, Terezinha de Jesus Paiva Gomes Pessoa. Ela apresentou o Programa Nacional de Combate às Drogas e ressaltou que na Paraíba as ações são desenvolvidas em 176 municípios, destacando que a UEPB, através do NEAS, tem um papel importante para a implementação e o êxito dessa política.
Após a palestra de abertura foi realizada a mesa redonda “Assistência ao Dependente Químico na cidade de Campina Grande”, conduzida pelo representante da Atenção Básica no município, Miguel Dantas. A mesa contou com a participação do representante de Comunidade Terapêutica Fazenda do Sol, padre Sérgio Leite, e com o representante do Hospital Psiquiátrico Doutor Maia. Presente no Fórum, a acadêmica Lídia Santos destacou a importância da Extensão na UEPB, particularmente do NEAS, que atualmente envolve mais de 40 estudantes distribuídos em 12 projetos. “Esse Fórum é uma conquista do NEAS e tem dado uma grande contribuição no controle e combate das drogas em nosso município”, frisou.
O evento prossegue até quinta-feira com palestras e mesas redondas no Departamento de Psicologia e oficinas no Departamento de Fisioterapia. No último dia do evento acontecerá a apresentação de trabalhos científicos através de banners e a reafirmação da “Carta Campina Grande pela Vida”. O uso, abuso e a dependência de drogas (lícitas e ilícitas) representam grandes prejuízos sociais para seus usuários e a sociedade em geral. Considera-se gastos com tratamento médico, redução da produtividade dos trabalhadores consumidores e as morbimortalidades prematuras relativos ao uso e abuso de drogas.
Texto: Severino Lopes
Fotos: Edvânia Barbosa
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