Feira Agroecológica da UEPB inicia atividades do primeiro semestre na Central de Integração Acadêmica
As atividades da Feira Agroecológica da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) foram retomadas, nesta quinta-feira (5), no hall na Central de Integração Acadêmica, no Câmpus de Bodocongó, em Campina Grande. No primeiro dia da feira em 2020, seis barracas e uma tenda da Associação Casaco foram montadas para comercialização de produtos ecologicamente corretos e sem a presença de agrotóxicos, além de artesanatos e produtos derivados do leite.
Como acontece em todas as edições da feira, a procura pelos produtos fresquinhos foi grande, principalmente por parte de professores e técnicos administrativos da Instituição. A professora Élida Correa Barbosa, que coordena o Núcleo de Extensão Rural Agroecológica (NERA), é uma das consumidoras assíduas da feira e considera revelante o incentivo da UEPB à Agroecologia que, conforme frisou, “é a garantia de produtos saudáveis na mesa do consumidor”.
Uma das barracas é do agricultor Antônio Rodrigues de Araújo, morador do sítio Oiti, Zona Rural de Lagoa Seca. A diversidade de produtos, sem a utilização de insumos químicos e colhidos durante as primeiras horas do dia, é um dos diferenciais que ele oferece aos seus clientes. “Estou trazendo mais de 25 tipos de produtos, como berinjela, rabanete, abobrinha, tomate, alface e chuchu”, destacou.
Em outra barraca, artesãos da Associação Chã da Pia, que fica localizada entre Remígio e Arara, expuseram peças artesanais feitas de barro. “Essa é oportunidade que a Universidade oferece para expormos nossos trabalhos”, disse a artesã Aline de Lima. Já o destaque na exposição de produtos derivados do leite ficou por conta da tenda da Associação Cacaso, que funciona em Boqueirão e congrega mais de 11 famílias. O agricultor Ricardo Cavalcanti destacou que a feira é mais uma oportunidade de incentivo à agricultura familiar e venda de produtos livres de agrotóxicos.
Já consolidada como uma das atividades de extensão de maior participação da comunidade acadêmica no Câmpus de Campina Grande, a Feira Agroecológica também se destaca por se tornar um campo de atuação para aulas práticas de alunos de Biologia, especialmente sobre Agroecologia. Os estudantes José Ricson Borges, do 8º período, e Gabriela Fernandes, do 7º período, enfatizaram a importância do projeto de extensão na formação profissional. “Tem sido uma experiência muito exitosa para todos nós, estudantes envolvidos no projeto”, disse José Ricson, que integra a iniciativa desde o ano passado.
Coordenador do projeto, o professor Simão Lindoso, do Departamento de Biologia, disse que as perspetivas para este ano são de que a feira se firme como espaço que incentiva a produção orgânica e contribui economicamente com os agricultores. Para isso, uma série de atividades devem ser realizadas ao longo do ano, com o intuito de agregar o projeto com outros projetos de extensão. Ele destacou a importância dos alunos na iniciativa que, além de atuarem na montagem e logística de funcionamento da feira, acompanham o processo de produção dos agricultores, repassam e recebem informações em um troca de saberes e conhecimentos.
Nos chamados “dia de campo”, os alunos extensionistas visitam as propriedades para entender o processo de produção agroecológica. Nessas visitas, eles fazem o monitoramento da produção, o georreferenciamento e a coleta de solo e da água para análises. Constantemente, os alunos retornam às propriedades para atestar se todo o processo produtivo está dentro da linha agroecológica. Em média, 15 famílias de agricultores do Agreste e Brejo paraibanos são assistidas pelo projeto. São agricultores e artesãos de Lagoa Seca, Alagoa Nova, Boqueirão e Campina Grande, vinculados ao projeto de extensão da UEPB e à Associação dos Agricultores e Agricultoras do Compartimento da Borborema (EcoBorborema).
Todos os produtos comercializados têm a certificação orgânica atestada pela EcoBorborema. A Feira Agroecológica da UEPB é um projeto institucional aprovado no Edital Probex e no Conselho Universitário (Consuni). Realizada sempre às quintas-feiras, das 7h às 12h, a feira oferece diversos alimentos livres de agrotóxicos, como frutas, verduras e legumes, além de ovos e galinha de capoeira, queijo, vários tipos de feijões, favas, fubá de milho, carnes suína e bovina, mel de abelha, entre outros produtos.
Texto: Severino Lopes
Fotos: Givaldo Cavalcanti
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