Extensionistas de Educação Física adaptam rotina para continuarem com projetos de forma remota
Com implicações sanitárias, econômicas e sociais em setores diversos, a pandemia da Covid-19 tem provocado uma necessidade de adaptações por parte das pessoas e instituições com o objetivo de dar continuidade às atribuições, sobretudo, utilizando as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) e o ambiente virtual. No âmbito da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) as atividades acadêmicas e administrativas precisaram se adaptar ao modelo remoto. Assim como outras áreas, a Educação Física precisou se reinventar com o objetivo de dar prosseguimento às atividades práticas
Nesse sentido, os professores do curso buscaram novas formas de incentivar os extensionistas diretamente vinculados à Coordenação de Esporte e Lazer (COEL) da UEPB a darem continuidade aos projetos remotamente, pensando em ajudar por meio das atividades físicas aqueles que estão em casa. De acordo com o professor do curso de Educação Física e coordenador de Esporte e Lazer, Eugênio Moura, a primeira ação foi a “Quarentena de Atividades”, com o compartilhamento de várias dicas de atividades físicas em prol da saúde veiculadas através do Instagram oficial da coordenação (@coeluepb). “Esta que foi a primeira ferramenta tecnológica que eles usaram no início da pandemia. O maior desafio para nós foi o uso da tecnologia, tanto para os nossos alunos extensionistas e, logo depois, para as pessoas que fariam os treinos remotamente em casa”, explica Eugênio.
Para Flávia de Oliveira, estudante do 5º período de Educação Física e extensionista na modalidade de treino funcional, o maior desafio foi aliar o uso da tecnologia com a atividade física, uma vez que essas atividades exigem acompanhamento. “Isso se dificulta ainda mais quando a pessoa que está participando não tem câmera no seu computador. Então eu tento auxiliá-la demonstrando o exercício da melhor maneira possível para que ele consiga executar corretamente o exercício”, explica.
Além dos desafios impostos pela tecnologia, os estudantes também tiveram que driblar a falta de equipamentos e fazer adaptações durante as aulas. “A questão do material, também é um empecilho, pois no departamento nós temos todo o material que pode ser utilizado nas aulas, mas na realidade atual, a gente tenta contornar com o que cada um tem em casa. Por exemplo, nas minhas instruções antes da aula, envio quais utensílios de casa nós podemos utilizar para a prática dos exercícios, como quilo de alimentos e garrafas PET”, comenta Flávia.
Para a estudante, a experiência foi de fundamental importância tanto para a área pessoal, como profissional. A extensionista comentou ainda que a partir da superação dos desafios do ensino remoto, foi possível pensar em outras opções de atuação no mercado, como a consultoria on-line, que pode ser realizada à distância, tendo a internet como o principal canal de comunicação.
“Para mim foi um super desafio, pois não sabia como realmente fazer acontecer no ensino remoto. Mas, com a supervisão e apoio de todo o corpo acadêmico no geral, acabou dando tudo certo. Hoje as nossas aulas são ótimas, recebemos um bom número de inscritos semanalmente no treino funcional, temos mais de 50 pessoas no nosso grupo do WhatsApp”, explicou Flávia.
Para Eugênio Moura “a prioridade durante a pandemia era de ensinar aos alunos como melhorar a qualidade de vida de quem está em casa, já que a Educação Física trabalha com a questão preventiva, monitorando a saúde, ajudando a evitar o sedentarismo e mudando o estilo de vida das pessoas. A gente sempre viu nas barreiras, uma maneira de ultrapassá-las”, frisou o professor.
Atualmente a COEL oferece atividades abertas para a comunidade. Para se inscrever, o interessado precisa enviar uma mensagem no Instagram da COEL, com informações como: nome completo, curso ou setor de trabalho, deixar o seu telefone para contato e indicar a modalidade escolhida.
Texto: Ana Inês de Almeida Costa (Estagiária)
Fotos: Instagram COEL/arquivo de estudantes