Clínica Escola de Odontologia retorna atividades práticas com pacientes que já iniciaram tratamento

30 de setembro de 2021

Clínica Escola de Odontologia retorna atividades práticas com pacientes que já iniciaram tratamentoPouco mais de um ano e sete meses após interromper o atendimento dentário dos pacientes assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), devido às restrições impostas pela pandemia, a Clínica Escola de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), localizada no Câmpus de Campina Grande, retomou as atividades, ainda que de forma gradual. Este retorno está seguindo um rigoroso protocolo de biossegurança da Comissão Interdisciplinar de Atenção Integral à Saúde e Segurança do Trabalhador (CIAST), do Comitê de Contingência e Crise Covid-19 da Instituição e as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Das três clínicas existentes no curso de Odontologia, duas retornaram, entretanto, estão funcionando em sua capacidade mínima de atendimento. A prioridade nesse momento é para os pacientes que já vinham sendo acompanhados nos semestres que antecederam a pandemia, e que a partir de agora devem finalizar o tratamento. A coordenadora da Clínica Escola, professora Darlene Ramos, explicou que os estudantes, professores e técnicos passaram por um treinamento para se adaptar aos protocolos de biossegurança e com isso garantir um retorno seguro.

Clínica Escola de Odontologia retorna atividades práticas com pacientes que já iniciaram tratamentoO atendimento está sendo feito de segunda a sexta-feira, nos períodos da manhã e tarde e em horários alternados. As duas clínicas estão funcionando com o distanciamento devido entre uma bancada e outra. A coordenadora explicou ainda que todo cuidado foi tomado para garantir o retorno seguro. Para ter acesso tanto à Clínica quanto aos laboratórios, a equipe precisa estar devidamente paramentada, e realizar testes rápidos de Covid-19.

Além do distanciamento, os alunos, técnicos e professores precisam usar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além da preocupação de lavar as mãos na entrada e saída. Apenas as pessoas vacinadas têm acesso à Clínica. Os locais tiveram que passar por adaptação, recebendo mapeamento e a divisória entre uma bancada e outra para evitar acúmulo de pessoas circulando. Cada clínica está trabalhando no máximo com oito equipes para evitar aglomeração, o que totaliza 22 pessoas por turno, entre alunos, professores e técnicos. Antes da pandemia, as clínicas trabalhavam com até 15 equipes. Cada uma delas é composta por três pessoas, conforme norma de biossegurança da Anvisa.

De acordo com a professora Nadja Oliveira, presidente do Comitê Covid-19 na UEPB, os protocolos estão sendo seguidos para que essas atividades sejam realizadas. Ela destacou ainda que o trabalho do Comitê de Contingenciamento tem como objetivo avaliar, orientar e oferecer condições para que os atendimentos fossem retomados. “Como Comitê de Contingenciamento vamos trabalhando diuturnamente para cumprir nossa missão na Instituição de orientarmos estudantes, técnicos e docentes, de acordo com as normas sanitárias vigentes no Brasil e no mundo. Também somos pautados pelos decretos estaduais e municipais para que tenhamos um retorno seguro, gradual e que atenda aos protocolos de biossegurança para não colocarmos em risco a saúde e a vida das pessoas que fazem a UEPB”, disse.

Clínica Escola de Odontologia retorna atividades práticas com pacientes que já iniciaram tratamentoAtendimento é otimizado para diminuir a lista de espera
A professora Darlene Ramos explicou que a clínica atualmente tem uma lista de espera com mais de mil pacientes. Para agilizar o atendimento, a direção em acordo com a Chefia de Departamento, mudou a metodologia aumentando o tempo do paciente em cada atendimento. A ideia é realizar vários procedimentos em cada atendimento e com isso, reduzir o tempo do tratamento, para em seguida abrir para novos pacientes. A professora explicou que essa metodologia também evita a perda de tempo com a troca de material entre os procedimentos, o que diminui o risco de contaminação dentro da Clínica.

“Nós estamos satisfeitos com essa mudança, porque estamos tendo qualidade e não quantidade. Nós estamos trabalhando com as clínicas integradas, e por isso, tem que ter quatro professores, um técnico e os alunos em cada turno”, observou a professora Darlene.

Mesmo com as restrições, as Clínicas estão realizando os trabalhos básicos como, periodontia, dentística estética, cirurgia e odontopediatria. Apenas o serviço de prótese ainda não retornou.

Texto: Severino Lopes
Fotos: Divulgação