1º Simpósio On-line de Fisioterapia supera expectativas em torno do debate sobre perspectivas científicas e biopsicossociais pós-pandemia
O que existe de novo e moderno no tratamento da Fisioterapia, o uso de novas ferramentas e tecnologias, bem como o comportamento que os fisioterapeutas devem adotar no pós pandemia do novo coronavírus foram alguns dos temas abordados no 1º Simpósio On-line de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), realizado de 15 a 17 de julho, com o tema central “Perspectivas científicas e biopsicossociais da Fisioterapia pós-pandemia”.
A atividade contou com a participação de diversos profissionais e egressos do Curso de Fisioterapia da UEPB. Ao todo, foram 12 palestrantes e 200 inscritos. A experiência inédita, usando as diversas plataformas digitais, foi além das expectativas dos organizadores. O Simpósio teve com objetivo repensar as práticas fisioterapêuticas, bem como avaliar o que será mantido e o que mudará com o “novo normal”, snedo marcado por diversas palestras ministradas por egressos da UEPB, a exemplo de Adriana Sarmento e Cléssio Gabriel de Sousa, além de professores de diferentes instituições do Brasil e dos Estados Unidos.
Durante o evento, os palestrantes tentaram elucidar os principais questionamentos da Fisioterapia pós-pandemia da Covid-19 e orientar a classe fisioterapeuta a atuar de forma mais segura. A participação e certificação dos discentes da UEPB foi computada em atividades complementares. A coordenadora geral do evento e chefe do Departamento de Fisioterapia, professora Giselda Félix Coutinho, disse que simpósio se constituiu em uma fonte essencial de busca e apreensão de novos conhecimentos, reunindo profissionais, egressos e estudantes de Fisioterapia para trocar e transmitir informações de interesse comum.
O simpósio, segundo ela, assumiu papel de grande importância no processo da comunicação científica, na medida em que a transmissão de ideias e fatos novos chegam ao conhecimento da comunidade científica de maneira mais rápida que aquelas veiculadas pelos meios formais de comunicação. “Foi um evento produtivo mediante importância que se atribui às atividades extracurriculares, em consonância com o momento de isolamento social, para os conhecimentos adquiridos para a formação profissional e intelectual dos estudantes”, observou a professora.
Giselda destacou, ainda, que o evento, além de propiciar convívio virtual no ambiente acadêmico, despertou no estudante o envolvimento, a participação, troca de ideias e experiências fundamentais para a compreensão do atual ambiente de transformação da sociedade para sua futura profissão. “Somos gratos a todos e a cada um dos que contribuíram direta e indiretamente para dar vida e fazer acontecer o evento”, destacou.
A professora Kelly Soares Farias, docente do Departamento de Fisioterapia da UEPB e integrante da comissão organizadora do evento, também fez um balanço positivo do simpósio e destacou o nível das palestras. Segundo ela, os temas tratados no evento abordaram aspectos importantes, neste período de isolamento social, para fortalecer a importância da manutenção do saber e das evidências científicas da reabilitação.
“Foi o 1° evento on-line em Fisioterapia que a UEPB realizou e ficamos muito felizes com a participação e empenho dos alunos, professores e palestrantes. Foi um evento de muita troca de saber científico, intelectual, humanístico e social. Foram três dias muito ricos e que marcaram a história do Departamento e da Fisioterapia na UEPB. Visitamos várias áreas da Fisioterapia como neurofuncional, saúde da mulher, atenção primária, biossegurança, realidade virtual, telereabilitacão e cardiorrespiratória”, comentou Kelly, acrescentando que todas as palestras ministradas durante o simpósio foram gravadas e, posteriormente, poderão ser utilizadas como conteúdo das aulas do Curso de Fisioterapia.
O fisioterapeuta Cléssio Gabriel de Sousa abordou, em sua palestra, o tema “Aplicabilidade da Telereabilitação – Desafios e perspectivas”, por meio da qual apresentou aspectos históricos da telesaúde que já é usada há anos no mundo (desde a Segunda Guerra Mundial) sendo que, nos dias de hoje, em situação de pandemia, passou a ser ainda mais usada. Ele destacou que devido às medidas de distanciamento social, para evitar o contágio pelo novo coronavírus, a assistência remota se tornou uma realidade.
“A essa assistência remota deu-se o nome de telereabilitação. A partir de então, os profissionais estão buscando estratégias para usar essa ferramenta da melhor forma, observou. Ele enfatizou que, para que essa ferramenta funcione, é necessário uma série de pré-requisitos, como acesso à internet e conhecimento mínimo sobre manuseio de tecnologias, além de se ter um local adequado para se fazer os exercícios. Como desafios, Cléssio Gabriel enfatizou que nem todos os profissionais aderiram a essa ferramenta, visto que ainda não existe uma deliberação do Conselho de Fisioterapia que determine qual deva ser a melhor forma de assistência.
A egressa do Departamento de Fisioterapia, Adriana Sarmento, foi outra palestrante do evento e abordou o tema “Ensino da Fisioterapia pós pandemia”. Para ela, o Simpósio foi experiência gratificante e uma oportunidade rica para que os fisioterapeutas estejam conectados com a tecnologia para aplicar as novas técnicas em suas atividades profissionais no pós-pandemia.
Texto: Severino Lopes
Imagens: Reprodução das salas virtuais do evento
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