Centro de Humanidades abre semestre letivo 2017.1 com debates sobre gênero e territórios quilombolas

29 de agosto de 2017

Uma série de atividades acadêmicas e culturais, realizadas nessa segunda-feira (28), marcou a abertura do período letivo 2017.1 no Campus III da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Guarabira. A inciativa teve como objetivo recepcionar os estudantes veteranos e aqueles que estão chegando pela primeira vez ao Centro de Humanidades (CH), bem como propor um debate sobre temáticas que estão na pauta da sociedade.

A programação se estendeu entre os três turnos. As discussões se deram em torno dos temas Territórios Quilombolas e Gênero/Sexualidade, com as participações de lideranças das comunidades quilombolas de Caiana dos Crioulos, situada no município de  Alagoa Grande, e de Ipiranga, localizada no município do Conde, além de integrantes do Coletivo Violenta Formiga e Coletivo Pretas. Já as apresentações artísticas ficaram a cargo do Núcleo de Arte Universitária (NAU).

O debate sobre territórios quilombolas foi enriquecido com as explanações da agente de saúde Elza Nascimento da Silva e da professora Lúcia de Fátima, ambas de Caiana dos Crioulos, assim como pelas considerações da líder comunitária Ana Lúcia Rodrigues do Nascimento, da comunidade Ipiranga. As palestrantes discorreram sobre o processo territorial, de migração, de lutas e de experiências adquiridas nas vivências de áreas quilombolas, ressaltando o papel desempenhando pelas mulheres, as dificuldades e os avanços conquistados nos últimos anos.

Para a professora Ivonildes Fonseca, diretora adjunta do Centro de Humanidades, a abordagem sobre tais problemáticas é de suma importância social, pois, segundo a docente, é preciso ter consciência da necessidade de se lutar pela igualdade dos direitos e por uma sociedade mais justa e solidária. “A discussão acerca desses assuntos está na ordem do dia, faz parte do nosso contexto sociopolítico. É fundamental debatermos e ouvirmos as pessoas que estão diretamente envolvidas nessas questões”, disse a professora.

 

 

 

Simone Bezerrill/Ascom-CH

Fotos: Jarbelle Bezerra