Docente do curso de Arquivologia apresenta trabalhos em Congresso Internacional organizado na Espanha

15 de dezembro de 2020

Como parte dos estudos e reflexões iniciados a partir do doutoramento na Universidade de Coimbra, o professor do curso de Arquivologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) Henrique França apresentou recentemente três trabalhos durante o congresso internacional “Nodos del Conocimiento 2020”,  promovido pelo Laboratório de Estudos da Comunicação (Ladecom), Grupo de Pesquisa em Comunicação e Informação Digital (GICID) e  Editora Egregius, da Universidad de Sevilla, Espanha, nos dias 10 e 11 de dezembro.

Durante o evento, que se concentra em nove nós: Educação, pedagogia e ensino; Comunicação Audiovisual, Jornalismo, Publicidade e Relações Públicas; Ciências Sociais; Artes e Humanidades; Literatura, linguística e tradução; Ciências jurídicas, econômicas e de negócios; Estudos de gênero e Covid-19, o pesquisador paraibano apresentou os trabalhos “Ciência no Youtube – uma análise da abrangência dos canais de ciência brasileiros no maior ecossistema de vídeos online do mundo”; e “Entre o laboratório e o noticiário – uma iniciativa de comunicação intermediadora da ciência” e “Recifes de corais em Realidade Aumentada: uma experiência em comunicação da ciência”, ambos escritos em coautoria com a pesquisadora do IFPB Christinne Eloy.

No trabalho “Ciência no Youtube – uma análise da abrangência dos canais de ciência brasileiros no maior ecossistema de vídeos online do mundo” , o docente apresenta uma análise da abrangência da Comunicação em Ciência a partir dos canais do YouTube, no Brasil, de forma a ressaltar a importância da ocupação dessa plataforma digital pela comunidade científica. A escolha do país sul-americano se dá porque o Brasil é o segundo maior consumidor de conteúdo via YouTube do mundo. Foram analisados dezessete canais de divulgação em ciência no YouTube brasileiro – todos referendados pelo Selo Science Vlogs Brasil (SVBR), anunciada como a maior rede de iniciativas de divulgação científica brasileira. A análise visou a identificação do perfil dos porta-vozes da ciência, temporalidade e avanço da audiência dos canais, além da caracterização dos estágios em Comunicação Científica predominantes na amostra.

O artigo “Entre o laboratório e o noticiário – uma iniciativa de comunicação intermediadora da ciência” teve como objetivo analisar a atuação da Agência Bori (abori.com.br) como primeiro serviço oficial brasileiro especializado na intermediação entre os pesquisadores (e seus resultados de pesquisa) e a mídia nacional para aumentar a presença da ciência na sociedade.

E o trabalho “Recifes de corais em Realidade Aumentada: uma experiência em comunicação da ciência”, foi desenvolvido com o objetivo de analisar uma experiência de comunicação da ciência a partir de uma exposição fotográfica sobre recifes costeiros, realizada em caráter experimental e inovador no Nordeste do Brasil.

O docente destaca que, apesar de serem trabalhos construídos nessa fase do doutorado pela Universidade de Coimbra, um deles, inclusive é um desdobramento da pesquisa que está sendo realizada, todos perpassam a sua atuação como docente do curso de Arquivologia e são uma forma de contribuir com as discussões relacionadas à comunicação científica e propagar o nome da UEPB nas atividades desenvolvidas fora do país.

Mestre em Ciência da Informação, o professor Henrique França é integrante do Grupo de Pesquisa Arquivologia e Sociedade (GPAS), do Centro de Estudos Avançados em Políticas Públicas e Governança (CEAPPG/UEPB) e do Projeto SESA (Seminário de Saberes Arquivísticos). Conquistou o Prêmio José Maria Jardim durante o SESA, em Coimbra, em 2019. É idealizador do projeto de extensão FARPAS – Festival de Artes e Participação Social. Em Portugal, passou a integrar o Grupo de Estudos Brasileiros Maria Quitéria. Além do país lusitano, o docente possui trabalhos publicados no Brasil, Chile, México, Costa Rica e Espanha.

A participação do docente do curso de Arquivologia em um curso de doutorado em Portugal é fruto da política institucional que permite que docentes e técnicos-administrativos da UEPB possam realizar cursos de pós-graduação com afastamento parcial ou total, como forma de fortalecer os cursos de graduação, pós-graduação e gestão da instituição através da formação dos servidores a estes vinculados.

Texto: Juliana Marques