Projeto da UEPB participa de ação conjunta em saúde e realiza exames para diagnóstico de sífilis em apenados

12 de dezembro de 2017

Projeto da UEPB participa de ação conjunta em saúde e realiza exames para diagnóstico de sífilis em apenados

Através de uma ação conjunta entre programa de extensão da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Secretaria de Saúde de Campina Grande e Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba (SEAP), os apenados da Penitenciária Padrão e do Serrotão, instaladas em Campina Grande, tiveram a oportunidade de realizar exames para verificar se são portadores de sífilis, doença sexualmente transmissível, causada pela contaminação através da bactéria Treponema Pallidum.

Com a utilização dos kits para testagem rápida fornecidos pela Secretaria de Saúde de Campina Grande, a equipe do projeto “Assistência à saúde: vivência em penitenciárias de Campina Grande”, coordenado pelas professoras Eloíde André e Gabriela Costa, do Departamento de Enfermagem, realizou, na última semana, exames em 695 pessoas privadas de liberdade. Do total de exames feitos, cerca de 10% testaram positivo e, conforme recomendação protocolar, seguirão para exame laboratorial específico.

A Secretaria de Saúde estabeleceu, no sistema de regulação, a Unidade de Saúde da Bela Vista como referência para a população em situação de privação de liberdade. Oportunamente, o órgão disponibilizará o medicamento para tratamento, com imediata identificação dos parceiros e tratamento concomitante. Antes da realização dos exames, as equipes do projeto extensionista da UEPB, da Secretaria de Saúde de Campina Grande e da unidade penitenciária promoveram uma atividade educativa para esclarecer sobre a doença, formas de transmissão, sintomas, fases e tratamento.

Conforme o cronograma das equipes, a etapa final de orientações e exames será realizada na unidade feminina. Segundo a professora Gabriela Costa, “ações dessa natureza revelam a responsabilidade social dos atores envolvidos na ação e o compromisso público das autoridades, cada uma em suas instâncias de poder, com ações e serviços de saúde no cenário prisional, legitimando o direito universal à saúde, garantido na Lei de Execução Penal e na Constituição Federal”.

Já a professora Eloíde André frisou que é necessário treinar e desenvolver habilidades e competências de profissionais de saúde para atuação no contexto carcerário e, assim, a política de atenção à saúde de sujeitos privados de liberdade no ambiente prisional ser um instrumento de transformação. Para o diretor da Penitenciária do Serrotão, Delmiro Nóbrega, “a efetivação da saúde nas prisões permanece um grande desafio, embora seja um dos objetivos da ressocialização, em um contexto essencialmente voltado para a segurança”.

Conforme os participantes da atividade, a ação destaca-se por não perpetuar a indiferença dos responsáveis e a inércia das instituições. Para Mércio Esperança, diretor de Atenção à Saúde de Campina Grande, “as ações exitosas da gestão necessitam ter maior visibilidade e promover o acesso à rede de serviços de saúde”. Todo o trabalho foi desenvolvido com o total apoio dos agentes penitenciários das unidades prisionais, sob supervisão atenta dos diretores da unidade, que empreenderam todos os esforços para viabilizar a ação.

 

 

Texto: Tatiana Brandão
Foto: Divulgação

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