Profissionais discutem temas ações para melhorar atuação do PET Saúde Interprofissionalidade da UEPB

16 de agosto de 2019

Com o tema “Saúde e Educação Interprofissional”, foi realizada nesta sexta-feira (16), a terceira formação do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET) Interprofissionalidade, desenvolvido pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande (SMS/CG).

O evento aconteceu durante todo o dia, na Sala de Vídeo do Departamento de Educação Física (DEF), no Câmpus de Bodocongó e reuniu mais de 70 pessoas, entre professores, estudantes e profissionais de saúde que atuam nas diversas unidades da rede de saúde de Campina Grande. A coordenadora geral do PET, professora Rilva Suely, do Departamento de Odontologia, deu as boas vindas aos participantes e destacou alguns aspectos do programa na busca pela melhoria da saúde no município de Campina Grande, bem como na formação dos futuros profissionais da área.

Rilva explicou que o PET Saúde trata de um processo inovador de formação interprofissional, com práticas colaborativas, e acontece em cinco unidades de saúde de Campina Grande. “Nesse trabalho cotidiano é necessário que haja essas formações para nivelar o conhecimento de determinados temas”, frisou. Ao longo do dia, a formação abordou, em forma de rodas de conversas, temas como vigilância em Saúde, processo de trabalhos e metodologias dentro da prática interprofissional em saúde.

Na abertura da atividade, os participantes assistiram uma apresentação cultural dos alunos do programa, Renner Suenildo, do curso de Farmácia, e Igor Alexandre, do curso de Odontologia. Ao som da flauta e do violão, foram apresentafas algumas ações do grupo, através de imagens exibidas em um telão. A primeira atividade da formação foi a mesa redonda “Saúde e Educação Interprofissional (EIP): a gestão da saúde frente aos desafios nas relações interpessoais”, mediada pela professora Pollyana Rodrigues e participação do diretor de Vigilância em Saúde do município, Miguel Dantas, e da coordenadora do Consultório de Rua, Isabel Arruda,

Em sua exposição, Miguel Dantas ressaltou que os desafios da gestão nas atividades de trabalho interpessoais são muitos. Ao provocar a discussão coletiva sobre a socialização dos desafios interprofissionais na Saúde, o especialista observou que o próprio ato de trabalhar com o ser humano já é uma missão desafiadora. “Nós temos particularidades e temos individualidade, e convivemos com dificuldades e facilidades que hoje o mundo nos impõe. Por isso temos que ser mais genéricos e globalizados possível”, destacou. Miguel salientou que a iniciativa da UEPB é louvável, porque provoca a discussão coletiva, o que permitirá aos profissionais terem uma ideia sobre o que se pensa na saúde de forma global, e assim, superar alguns dos desafios.

Assessor nacional do Grupo do PET, o professor Diego Bonfada, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), destacou alguns elementos para auxiliar no melhor funcionamento do programa. Objetivo, ele ressaltou que veio à Campina Grande com a perspectiva de contribuir com a atividade da UEPB, a partir de questões práticas. Ele apresentou algumas dicas que podem facilitar a operacionalização do PET, como o papel do facilitador, a postura que ele deve ter ao intermediar os conflitos que eventualmente surjam nas unidades de saúde, bem como as ferramentas que podem ser usadas para avaliar a formações dos estudantes da área de Saúde e saber se eles realmente estão aprendendo e preparados para encarar o trabalho pós Universidade.

Profissionais discutem temas ações para melhorar atuação do PET Saúde Interprofissionalidade da UEPB

Diego Bonfada classificou como fundamental para os profissionais e estudantes de Saúde, o trabalho desenvolvido pelo Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde e destacou a necessidade do trabalho em equipe no mundo globalizado. “Um trabalho interprofissional é uma necessidade. Dentro de um mundo globalizado, onde as necessidades de saúde são cada vez mais complexas, um trabalho realizado individualmente não consegue dar conta do que o paciente precisa. Então, precisamos aprender a trabalhar em equipe para atender as necessidades da população”, afirmou.

O PET Saúde Interprofissionalidade na UEPB começou a funcionar oficialmente em abril deste ano e, ao longo desses primeiros meses, realizou diversas visitas nas unidades de saúde de Campina Grande. Em suas visitas, a equipe faz uma espécie de diagnóstico dos serviços realizados nos postos de saúde e procura apresentar sugestões para melhorar a qualidade da assistência à comunidade. Concebido dentro do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), o PET é formado atualmente por 70 pessoas, sendo 40 estudantes, dos quais 30 bolsistas; 12 professores dos cursos de Odontologia, Enfermagem, Farmácia, Psicologia, Fisioterapia e Educação Física; além de 18 preceptores que são profissionais da Secretaria de Saúde.

Texto: Severino Lopes
Fotos: Givaldo Cavalcanti

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