Especial Enade 2016: pioneiro na Paraíba, Curso de Fisioterapia da UEPB forma profissionais generalistas

13 de setembro de 2017

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Os corredores estão sempre movimentados. Nas salas de aula, os futuros fisioterapeutas buscam os conhecimentos teóricos que o ajudarão no exercício da profissão. O conteúdo é atual. A grade curricular segue rigorosamente as exigências das diretrizes nacionais do Ministério da Educação (MEC) e, há menos de um ano, um novo e arrojado projeto pedagógico foi implantado, tornando ainda mais atrativo o curso.

Quando não estão nas salas de aula, os estudantes estão na Clínica Escola, nos laboratórios ou envolvidos nos mais de 20 projetos de extensão que ajudam a aliviar dores e gerar saúde e melhor perspectiva de vida aos paraibanos. São mais de 350 estudantes matriculados, ganhando conhecimento transmitido por 33 professores, muitos deles com Mestrado e Doutorado. O prédio, com toda uma infraestrutura e equipamentos que favorecem o aprendizado, se transformou em um grande laboratório dos futuros fisioterapeutas.

Pioneiro na Paraíba e prestes a completar 40 anos de existência, o curso de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) é hoje referência no que diz respeito a excelência na formação acadêmica e qualidade nos serviços de saúde prestados gratuitamente à população. Instalado no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Câmpus de Campina Grande, o Bacharelado tem recebido o reconhecimento dos mais respeitados organismos de avaliação do país.

Quatro estrelas no Guia do Estudante da Editora Abril, uma das publicações com mais credibilidade do Brasil, e conceito 4 no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) do MEC, o Bacharelado em Fisioterapia vive um momento de conquistas. O bom resultado nesses dois indicadores confirma o nível de excelência do curso em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.

A professora Márcia Darlene Bezerra de Melo e Silva, atual chefe do Departamento de Fisioterapia, conhece o curso desde o seu nascedouro, no final dos anos 1970. Ela integrou a turma pioneira do curso, em 1978. Estava na sala de aula no primeiro dia de funcionamento do curso, compondo a primeira de inúmeras turmas que surgiram ao longo de 39 anos. Da turma pioneira, apenas três professoras seguem no curso: Márcia Darlene, Maria de Lourdes Oliveira (Lourdinha), que atualmente coordena a Clínica Escola, e a professora Suzana Furtado.

De ex-aluna a coordenadora do curso, até a chefia do Departamento, Márcia comemora com sorriso indisfarçável a concretização do sonho dos pioneiros em ver o curso se tornar em nível de excelência. A docente enfatiza que o Bacharelado em Fisioterapia forma alunos que hoje atuam em diversos estados do Brasil com muita competência. Por isso, é um curso muito bem conceituado. “Sempre o estudante de Fisioterapia da UEPB foi bem diferenciado. O nosso curso se aproxima muito de Medicina. Muitos alunos chegam pensando na Medicina, mas logo desistem e permanecem na Fisioterapia”, conta. Ela ressalta que o curso sempre foi pioneiro em suas áreas de atendimento em especialidades como urologia, cefaleia, geriatria, traumotorpedia, no cardiorrespiratório e na neurologia.

Coordenador do curso, o professor Dásio José de Araújo Pereira enfatiza que o Bacharelado forma generalistas, visto que os alunos saem com ampla visão sobre a área. Para ele, um conjunto de fatores contribuíram para o bom desempenho nos guias avaliadores. “Recebemos essa notícia com muito orgulho, o que mostra que estamos no caminho certo. Os nossos alunos podem atuar em qualquer área da Fisioterapia. Eles são generalistas e saem preparados para trabalhar em qualquer área. Temos uma boa estrutura de laboratório e uma docência qualificada”, destaca o professor. Sobre as mudanças na composição curricular, Dásio salienta que o curso de Fisioterapia da UEPB tem procurado atualizar o seu currículo, aprimorando alguns conteúdos considerados importantes para a vida dos estudantes.

Edgley Pereira da Silva, Karoline Andrade Gonzaga e João Paulo Nogueira são alunos do 7º período. Nos últimos anos, a rotina dos três é se revesar entre a sala de aula, os atendimentos na Clínica Escola e o empenho nos projetos de pesquisa. Os três estão se preparando para as futuras provas do Enade e ficaram felizes com os bons resultados do curso que escolheram. “Nós ficamos muito felizes. Mesmo com a universidade passando por um período de crise, é bom saber que o curso que escolhemos é bem avaliado. Sabemos da qualidade do curso e do esforço dos professores. Sem contar a nossa grade curricular que tem mais recursos”, frisa Karoline.

Para João Paulo, a composição curricular é um dos diferenciais do Bacharelado em Fisioterapia. Ele ressalta que a conceito 4 no Enade aumentou a responsabilidade dos alunos que estão prestes a concluir o curso. “Essa nota do Enade traz uma responsabilidade muito grande para nós que estamos no 7º período, porque depois desse conceito, todos querem ver o curso com o conceito máximo”, diz.

Atuação na Clínica Escola

Obrigatoriamente, os alunos de Fisioterapia da UEPB avaliados pelo Enade passam pela Clínica Escola do curso. Com atendimento considerado de excelência, a Clínica é um grande laboratório que ajuda os futuros profissionais da área a aprimorar técnica e conhecimentos, ficando aptos para o exercício da profissão. Por semestre, mais de 150 alunos passam pela Clínica, nas práticas das disciplinas pré-profissionalizantes, nos projetos de pesquisas e extensão, além estágios.

Os estágios Supervisionados em Prática de Fisioterapia I e II, realizados na Clínica e nos hospitais, possibilitam aos alunos o contato com um ambiente que reproduz o futuro espaço do trabalho. Coordenadora da Clínica Escola, a professora Lourdinha Oliveira destaca que o curso foi estruturado para os alunos conhecerem a Clínica desde o primeiro período, já a partir da disciplina “Fundamentos da Fisioterapia”.

Referência em vários serviços, a unidade atende pacientes com problemas de saúde nas áreas de neurologia adulto e infantil, cardiorrespiratório, traumortopedia, reumatologia, geriatria, além da parte da saúde da mulher e do homem que envolve ginecologia, obstetrícia, mastologia e urologia. A Clínica Escola de Fisioterapia funciona de segunda a sexta-feira, nos turnos da manhã e tarde, e chega a realizar quase dois mil procedimentos. Aulas de hidroterapia, postura, alongamento, Escola de Postura e a Oficina de Massagem Terapêutica fazem parte da rotina do curso. De acordo com a professora Lourdinha Oliveira, o resultado do Enade e do Guia do Estudante atesta a qualidade dos projetos e pesquisas de extensão desenvolvidos por estudantes e professores do curso.

Equipamentos e laboratórios

Biofeedback por eletromiografia e Estimulador Magnético Transcraniano são alguns dos equipamentos existentes no curso, usados pelos estudantes nas aulas práticas. Entre as pesquisas, destaques para a “Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (EMTr) em indivíduos portadores de Migrânea Crônica”, que tem obtido resultados satisfatórios através da redução da intensidade e número de crises de migrânea.

O estudo é desenvolvido no Laboratório de Neurociências e Comportamento Aplicadas (LANEC). A técnica usa o aparelho Estimulador Magnético Transcraniano para ajudar a combater as enxaquecas e dores de cabeça. Outra pequisa desenvolvida pelo LANEC e também usando o aparelho Estimulador Magnético Transcraniano, tem contribuído para a melhoria motora de pessoas que sofrem com lesão medular. Dos mais de 20 projetos de extensão em andamento no curso, destaque ainda para “Neurosard Alzheimer: cuidado do paciente com demência e seu cuidador”, coordenado pela professora Valéria Ribeiro Nogueira Barbosa.

 

Texto: Severino Lopes
Fotos: Arquivo CODECOM

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