Debate sobre crise humanitária e civilizacional é abordado no 6º Seminário Discutindo o Meio Ambiente

1 de novembro de 2018

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Os principais problemas que afetam o meio ambiente, as conquistas, avanços e desafios, bem como, a preocupação com o futuro, nortearam as discussões no 6º Seminário Discutindo o Meio Ambiente de Campina Grande, realizado pelo Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A iniciativa recebeu o apoio do Grupo de Extensão e de Pesquisa em Gestão em Educação Ambiental (GGEA) da Instituição.

O evento, realizado na manhã desta quinta-feira (1º) no Auditório I da Central de Integração Acadêmica, no Câmpus de Bodocongó, sob a coordenação da professora Mônica Maria Pereira da Silva, superou as expectativas dos organizadores e reuniu 140 pessoas, entre estudantes de graduação e pós-graduação, agentes comunitários, gestores públicos municipais e diferentes atores sociais que atuam no município.

Já na conferência de abertura, ministrada pela professora Maria Gorete Cavalcante, foi possível radiografar os problemas mais crônicos que envolvem o meio ambiente no país. Com tema “Pedagogia do Cuidado”, a professora procurou fazer uma análise do contexto atual da crise ambiental, que também se estende à crise humanitária e civilizacional.

“Dentro desse contexto de crise, surge a proposta da pedagogia do cuidado” destacou. A especialista ainda afirmou que o desafio da universidade é sensibilizar os educadores ambientais para manter viva a esperança para que as políticas ambientais construídas ao longo de 20 anos sejam preservadas. Maria Gorete observou que os problemas ambientais não se restringem apenas aos desmatamentos, poluições de rios e do ar, mas todos os aspectos da vida humana. Nessa perspectiva, a educação ambiental, segundo ela, é estruturada a partir de várias vertentes, sendo a humanista a mais importante delas.

“Precisamos cuidar do ambiente na sua perspectiva de natureza, dentro dos quais se inclui o humano. E esse é o papel da academia. Sensibilizar as pessoas para pensarmos sobre isso. Temos que trazer as questões sociais, econômicas e políticas que envolvem a nossa realidade hoje”, enfatizou.

Responsável por mediar a 1º mesa do Seminário, que teve como tema “Discutindo o Meio Ambiente de Campina Grande”, a professora do Departamento de Biologia da UEPB, e futura coordenadora do GGEA, Adrianne Teixeira Barros, disse que as questões ambientais estão sempre na agenda de discussões das universidades. A professora ressaltou que na edição 2018 do Seminário, os organizadores procuraram ampliar a discussão da questão dos resíduos sólidos de Campina Grande. A luta, segundo ela, é em garantir que o descarte desses materiais seja feito de forma apropriada e que seja enviado o mínimo possível para aterros sanitários.

A especialista observou que o grande desafio no momento ainda é formar uma consciência ambiental, conforme trabalho realizado há anos pela professora Mônica Maria. “É necessário conscientizar a população para que ela se sinta sensibilizada a participar. Quando o ser humano é educado, ele consegue mudar a percepção do meio ambiente”, destacou.

Em sua 6ª edição, o seminário foi aberto pela professora Mônica Maria Pereira da Silva, que agradeceu a participação de todos e falou dos trabalhos desenvolvidos ao longo de 10 anos pelo Grupo de Extensão e de Pesquisa em Gestão em Educação Ambiental. A abertura também contou com a presença do Promotor do Meio Ambiente de Campina Grande, Eulâmpio Duarte, da coordenadora do Meio Ambiente de Campina Grande Denise Sena e da chefe de Departamento de Biologia, professora Thelma Lúcia Pereira Dias.

A professora Mônica revelou que a edição 2018 do evento se revestiu de diversos significados, sendo que um deles foi de fortalecer a luta em prol do meio ambiente, cujo futuro é incerto com a inauguração de um novo tempo que pode resultar na possível extinção do Ministério do Meio Ambiente. Ela também avaliou como um marco histórico do seminário por ser a sua despedida da Instituição e pela entrega de novos certificados aos Concluintes do Curso de Formação de Agentes Multiplicadores em Educação Ambiental, ocorrido de 17 a 21 de setembro de 2018.

Ela falou ainda dos frutos do seminário e revelou que em 10 anos de atividades de Extensão do GGEA, mais de cinco mil agentes de diversos municípios paraibanos foram formados. Mônica disse que deixa a universidade com a certeza do dever cumprido, e de ter contribuído para deixar o mundo um pouco melhor.

Promotor do Meio Ambiente de Campina Grande, convidado para o Seminário, Eulâmpio Duarte, elogiou a UEPB pela iniciativa e disse que a Instituição está dando uma grande contribuição para melhorar as questões ambientais da cidade. Em sua fala, o promotor também manifestou sua preocupação com a proposta de fusão do Ministério do Meio Ambiente com o Ministério da Agricultura.

A coordenadora do Meio Ambiente de Campina Grande, Denise Sena, falou da política ambiental desenvolvida no município. Ela garantiu que em seis anos, a gestão inovou nessa política no que se refere ao licenciamento ambiental e no plantio de árvores. Hoje, Campina tem mais de 70 mil árvores plantadas nos logradouros públicos, segundo a coordenadora.

O Seminário que teve como objetivo favorecer o debate sobre o meio ambiente de Campina Grande e proporcionar a popularização de resultados de projetos desenvolvidos pelos membros do GGEA, foi marcado por mesas redondas, palestras e entrega de certificados.

Texto: Severino Lopes
Fotos: Givaldo Cavalcanti

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